Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Maltez, Juliana Campos
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Orientador(a): |
Paes-Machado, Eduardo
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Banca de defesa: |
Paes-Machado, Eduardo,
Lopes, Cleber da Silva,
Santos, Angela Cristina Guimarâes,
Nascimento, Ana Márcia Duarte,
Arantes, Rafael de Aguiar |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38534
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Resumo: |
O estudo objetivou compreender as respostas e reações de vítimas de roubo de celulares em Salvador, Bahia, bem como as características das interações entre alvos e assaltantes que influenciam a intensificação da violência contra os primeiros. A partir de uma metodologia qualitativa, examinou dados provenientes de entrevistas semiestruturadas e matérias jornalísticas. Os resultados permitem afirmar que o celular, entendido como um hot product, é o item mais cobiçado pelos assaltantes nos roubos de rua. Identifica que estes dispositivos, descritos como indispensáveis por seus usuários, podem ser facilmente convertidos em dinheiro no mercado ilícito ou, mais atualmente, através dos roubos seguidos de extorsão por meio dos aplicativos bancários. Destaca como fatores capazes de influenciar as interações coercitivas entre alvos e assaltantes: o grau de movimentação do local; o fato de as vítimas estarem solitárias ou não; a presença de pessoas próximas ou familiares durante o roubo; as reações de espectadores ou acompanhantes. Nota que as providências tomadas após o roubo envolvem medidas formais e informais. Identifica que as vítimas possuem uma descrença no que diz respeito à recuperação do bem através do registro do boletim de ocorrência policial. Afirma que a vitimização pode gerar impactos maciços nos sujeitos, ou seja, além das consequências físicas, práticas, financeiras e psicológicas, os aparelhos móveis contêm uma riqueza de informações pessoais e dados valiosos, que podem ser usados como porta de entrada para novos tipos de crimes. Observa que os usuários adotam diversos procedimentos para gerenciar os riscos cotidianos relacionados aos roubos de celulares. Argumenta que o medo dos assaltos é a principal causa das tentativas de restringir o uso destes dispositivos em espaços públicos. Considera que a eficácia das práticas de segurança encontra obstáculos, tais como a centralidade do celular na vida cotidiana, exposição de grupos de usuários e contramedidas dos assaltantes. Conclui que a intensificação da violência por parte dos assaltantes possui relação direta com formas de resistência empregadas pelas vítimas e compreende que o desenrolar dos encontros forçados depende da participação mútua de vítimas e assaltantes, podendo ser influenciado também pela participação de espectadores e acompanhantes. |