Representações sociais de familiares sobre a violência de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Vanda Palmarella
Orientador(a): Diniz, Normélia Maria Freire
Banca de defesa: Diniz, Normélia Maria Freire, Santos, Maria de Fátima de Souza, Teixeira, Marizete Argolo, Camargo, Climene Laura de, Couto, Telmara Menezes, Vilela, Alba Benemérita Alves, Paiva, Mirian Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: em Enfermagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20777
Resumo: Pesquisa qualitativa fundamentada na Teoria das Representações Sociais que objetivou analisar a vivência da violência de gênero entre familiares e o sistema de representação que dá sentido a essa vivência. A pesquisa foi realizada no município de Jequié - Bahia - em 10 Unidades de Saúde da Família, totalizando 11 equipes de saúde da zona urbana. Participaram da pesquisa 81 familiares de mulheres em situação de violência. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas: aplicação do teste de associação livre de palavras (TALP) para 81 familiares e entrevista semiestruturada a 19 familiares. Os dados advindos do TALP foram processados pelo software Tri-Deux-Mots e processados por meio da Análise Fatorial de Correspondência e os dados que emergiram das entrevistas foram organizados pela técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados evidenciaram que a representação dos familiares sobre a violência de gênero encontra-se ancorada em questões culturais que configuram relações desiguais entre o homem e a mulher. A violência de gênero foi expressa pela violência física e psicológica com adoecimento e morte da mulher e adoecimento físico e psíquico dos familiares, com implicações para a saúde da(o)s filha(o)s. Nesse contexto, as representações sociais dos familiares mostraram que prevalece no imaginário social da mulher em situação de violência, dos familiares e dos profissionais, a percepção da violência restrita ao âmbito privado. Essa percepção contribui para o silêncio do vivido da violência e constrói lacunas e fragilidades nas práticas desenvolvidas pelos serviços da rede de violência. Além disso, alguns familiares consideram a violência como crime e outros buscam resolver a problemática no âmbito privado. Esperamos que este estudo contribua para mudança da formação de saúde e educação, das políticas públicas e da(o)s trabalhadora(e)s da rede de violência para implementação de ações no sentido de modificação destas representações, de maneira a rever as fragilidades no atendimento às mulheres.