O agente e o paciente em língua portuguesa : caracterização em propriedades semânticas e estudo diacrônico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Mariana Fagundes de
Orientador(a): Silva, Rosa Virgínia Barretto de Mattos Oliveira e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10963
Resumo: Os papéis temáticos Agente e Paciente constituem o objeto de estudo deste trabalho, cujos objetivos são caracterizá-los – com base em dados da língua portuguesa, no domínio do predicador verbal, considerando o predicado global e o contexto situacional – em propriedades semânticas prototípicas e não-prototípicas, na perspectiva da Semântica Lexical e numa abordagem representacional ou mentalista; num estudo descritivocomparativo em textos do português arcaico e do português europeu contemporâneo nas modalidades oral e escrita, listar os verbos com que ocorrem nos corpora de pesquisa os diferentes tipos de Agente e de Paciente propostos, procurando alguma situação de mudança ao nível da estrutura temática dos verbos, e descrever as configurações sintáticas do Agente e do Paciente, numa abordagem diacrônica que incide na relação entre a sintaxe e a semântica. Na bibliografia sobre o assunto, o Agente e o Paciente recebem definições variáveis, por vezes imprecisas. Neste estudo, tentando uma melhor compreensão dessas noções, é apresentada uma classificação para o Agente e para o Paciente, trabalhando com seis propriedades semânticas: desencadeador, controle, intenção, causa, afetado e experienciador. Desta forma, são propostos dois tipos de Agente: Agente prototípico e Agente afetado, e três tipos de Paciente: Paciente prototípico, Paciente experienciador e Paciente agentivo, num continuum que vai do Agente e do Paciente mais prototípicos ao Agente e ao Paciente menos prototípicos; no ponto em que se apresenta, no continuum, o Agente menos prototípico, é quando começa o Paciente prototípico, e, vice-versa, no ponto onde se apresenta o Paciente menos prototípico, que é o Paciente agentivo, é quando começa o Agente mais prototípico. Listando os verbos com que ocorrem os diferentes tipos de Agente e de Paciente nos corpora diacrônicos analisados, não foi verificada nenhuma situação de mudança da estrutura temática dos verbos; foi possível, porém, em relação ao Paciente agentivo, traçar um grupo específico de verbos que o selecionam. Quanto às configurações sintáticas do Agente e do Paciente, foi constatada alguma mudança na história do português, e, comparando as modalidades oral e escrita da língua, verificada alguma diferença.