Cinestesia sobre o Sertão: a memória rural e a noção de urbanidade da Feira de Santana no cinema documentário de Olney São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Leite, Bruno de Jesus lattes
Orientador(a): Serafim, José Francisco lattes
Banca de defesa: Nakagawa, Regiane Miranda de Oliveira lattes, Rego, Francisco Gabriel de Almeida lattes, Serafim, José Francisco
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) 
Departamento: Faculdade de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41318
Resumo: Sítio de trânsitos e trincheiras, das tropas que promoviam a logística entre o Sertão e o litoral, das transformações indissociáveis ao processo de migração nordestina, Feira de Santana é um terreno promissor de infindáveis investigações. Este estudo encara tal máxima e planeja capturar como se delineia e está representada a noção da urbanidade feirense na obra do cineasta baiano Olney Alberto São Paulo. Partimos da ideia, defendida por Rolnik (1995), de que a cidade é um organismo complexo, capaz de ser escrito e produzir significações e, para tanto, utilizamos da análise fílmica como um procedimento de investigação acerca de uma representação relacionada a ela, pois o entendemos como uma possibilidade de compreensão da urbe pelo viés das Ciências da Comunicação. Dois filmes nos serviram como corpus neste trabalho, os documentários Como nasce uma cidade (1973) e Pinto vem aí (1976) — ambos realizados e produzidos no referido município durante o período de franca industrialização e expansão da sua mancha urbana. Neles, nos debruçamos nos aspectos visuais e também sonoros para compreender aquilo que foi trabalhado pelo autor. Assim, buscamos por meio da análise interna, nos planos e pontos de vista, nas sequências e composições de quadros, nos enquadramentos, no conteúdo da narração e das manifestações políticas, nos elementos arquitetônicos e sujeitos que estão em cena, uma apreensão das significações, os agenciamentos e a enunciação do discurso sobre o espaço. Nosso esforço se deu em decompor e interpelar as narrativas para interpretar Feira. O fôlego empregado aqui envolveu também referenciais teóricos a exemplo das noções a respeito da memória e apagamento da ruralidade, desenvolvidas por Oliveira (2011), o ideário em torno das representações, destrinchado por Hall (2016), e as considerações trabalhadas por Nakagawa (2017) ao tratar das explanações de Marshall McLuhan no que concerne à cidade como meio de comunicação.