Os livres pobres sem patrão nas Minas do Rio das Contas/Ba – Século XIX, (1830-1870).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Sanches, Nanci Patrícia Lima
Orientador(a): Aras, Lina Maria Brandão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10863
Resumo: Os estudos sobre crime têm no século XIX terreno fértil para sua produção. As pesquisas sobre crime e as suas relações com as perspectivas de sobrevivência dos homens livres e pobres ainda estão em construção. Apesar dos trabalhos relevantes nessas áreas, os enfoques de pesquisas ainda se concentram na população cativa e nas suas relações com as demais classes. A “natureza” dos núcleos de mineração sempre foi de “produzir” uma “massa anônima” de homens livres inseridos nas oscilações ocorridas nesses núcleos econômicos. Esse estudo destina-se à identificação da trajetória dos homens livres e pobres na Vila das Minas do Rio das Contas dos oitocentos. Uma região com espaços oportunizantes de trabalho restritos devido à decadência aurífera e às perspectivas mínimas de inserção social através da policultura e criação de gado no Alto Sertão da Bahia. Neste trabalho identificamos, a partir da construção de um perfil populacional da Vila das Minas do Rio das Contas no século XIX, as ocupações desses livres, suas articulações com outras classes, e o roubo com recurso de sobrevivência, dentro das estruturas de um local de mineração decadente. A pesquisa se baseou em documentos que, em sua maioria, são inéditos. São, em grande parte, processos-crime, livro de matrícula, registros de ouro e considerações sobre a região realizadas pelos viajantes que por ali passaram no século XIX. Através dessa documentação podemos identificar não só as atividades realizadas pelos livres pobres, como também sua estrutura econômica dedicada à lavoura e pecuária, atividades que não conseguiram dar espaços de inclusão a esses homens, que encontravam no crime uma forma de burlar a escassez material.