Autoficção e loucura em Todos os cachorros são azuis, de Rodrigo de Souza Leão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Laura de Oliveira Santos
Orientador(a): Araújo, Noélia Borges de
Banca de defesa: Brito, Dislene Cardoso de, Anastácio, Silva Maria Guerra
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28680
Resumo: Estudo sobre as formas de irrupção do discurso da loucura na obra Todos os cachorros são azuis, de Rodrigo de Souza Leão. A pesquisa tem como foco as próprias vozes daqueles que são perseguidos por terem um diagnóstico de esquizofrenia ou por apresentarem um comportamento deslocado do discurso da racionalidade. Investiga-se a expressão da escrita de si, intitulada “autoficção”, como uma forma de apoderamento do discurso. Debate-se o termo “autoficção”, na perspectiva da literatura da urgência, proposta por Luciana Hidalgo. O trabalho propõe-se ainda a pensar sobre a dor como poética, sob o olhar filosófico de Arthur Schopenhauer, analisando a possibilidade de transgressão e resistência que incide sobre a questão da loucura na obra de Leão. Apresenta-se um recorte sobre o caminho da construção do discurso da loucura e suas vivências sob a ótica de Michel Foucault, mostrando como ela se apresenta no corpus estudado. Trabalha-se com a ideia de escrita “alucinatória” em Leão, propondo uma leitura que apresenta os descaminhos de sua escrita. Espera-se ratificar a sua literatura como obra de arte que desenvolve e evidencia as infinitas possibilidades de resistir e de viver diante das singularidades, deuses e demônios que existem em cada alma humana.