Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves, Clicia Carolaine de Jesus
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Orientador(a): |
Brito, Angela Ernestina Cardoso de
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Banca de defesa: |
Brito, Angela Ernestina Cardoso
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Lima, Nathália Diórgenes Ferreira
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Campos, Margarida de Cássia
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
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Departamento: |
Instituto de Psicologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41446
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Resumo: |
Este estudo tem como fundamento a exploração da complexa dinâmica das relações de gênero a partir da teoria das práticas sociais, analisando o cotidiano de mulheres negras em atendimento pós-aborto no âmbito da Política de Assistência Social, no município de Conceição do Almeida/BA. A pesquisa busca refletir sobre a realidade dessas mulheres que tiveram a gravidez interrompida pela prática do aborto, considerando as experiências socioculturais nas quais estão inseridas. O objetivo é desvelar as representações, os impactos e as simbolizações atribuídas à interrupção da gravidez, compreendendo como ocorre o enfrentamento dessa realidade social que criminaliza quem vivenciam essa prática. O percurso metodológico adotado neste trabalho está fundamentado na triangulação de dados, por meio de pesquisa documental, escrevivência, técnica de bola de neve, abordagens qualitativa e quantitativa, entrevistas semiestruturadas, análise de fontes iconográficas, diário de campo e nuvens de palavras. A pesquisa foi desenvolvida no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) – Parteira Rufina, um dos equipamentos da Política de Assistência Social, localizado no Recôncavo Baiano. Esse município é fortemente marcado por valores conservadores, influenciados por uma lógica colonial, católica e coronelista, que orienta suas relações sociais de produção e reprodução. Os resultados da pesquisa revelaram que o aborto não é apenas uma questão moral ou jurídica, mas sobretudo um problema de saúde pública, educação e justiça social. As narrativas das entrevistadas evidenciam a necessidade de repensar práticas de cuidado e acompanhamento, levando em consideração as especificidades das mulheres negras. Além disso, a pesquisa permitiu refletir sobre a construção social da maternidade, que reforça os estigmas de gênero e a dominação dos corpos femininos, interferindo diretamente nas decisões das mulheres sobre suas próprias vidas. |