Equilíbrio distante: a mulher, a medicina mental e o asilo: Bahia (1874-1912)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Silva, Vera Nathália dos Santos
Orientador(a): Bellini, Ligia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10869
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar práticas e representações sobre a loucura feminina a partir da institucionalização da medicina psiquiátrica na Bahia, com a criação do asilo de alienados São João de Deus em Salvador, no ano de 1874. Partimos da premissa de que essa medicina mental particularizava a insanidade feminina e às mulheres dedicava um discurso específico, nos quais os aspectos de sua fisiologia e anatomia eram determinantes. Na tessitura desse discurso se encontravam e eram reformuladas representações ancestrais sobre a mulher e seu corpo, refletindo uma continuidade particularizada na associação direta entre sexualidade feminina e loucura. Essa ligação fica clara no nosso estudo sobre o caso Joanna de Sá, que marcou a primeira fase de funcionamento do asilo de alienados baiano e também representa a imagem de mulher, que a medicina mental associava a uma sexualidade desviante e via como sinônimo de doença mental. Sabendo que as relações entre os médicos e suas pacientes eram mediadas pelas condições objetivas de existência do asilo, também nos voltamos para os antecedentes de sua criação e as turbulências médicas e administrativas que marcaram os primeiros anos do São João de Deus.