Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria José Firmino da
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Orientador(a): |
Macedo, Roberto Sidnei Alves
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Banca de defesa: |
Guerra, Denise Moura de Jesus,
Santos, José Jackson Reis dos,
Reis, Leonardo Rangel dos,
Araújo, Leonardo Rangel dos,
Macedo, Sílvia Michele Lopes |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE)
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34729
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Resumo: |
Esta tese, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, investiga a relação entre experiências curriculantes e coautoria de si num movimento de reexistência, diante do atual cenário da educação brasileira no qual políticas de currículo, sobretudo nos últimos cinco anos, vêm, inexoravelmente, institucionalizando a histórica dualidade do Ensino Médio. A Lei n. 13 415 de 16 de fevereiro de 2017 (BRASIL, 2017) – lei da contrarreforma do Ensino Médio – e a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) intencionam, por conseguinte, para filhas e filhos de trabalhadoras e trabalhadores, a profissionalização compulsória para o mercado de trabalho com ênfase, portanto, em competências e habilidades como dispositivos centrais dos seus processos formacionais. Compreendendo, porém, que estudantes são coautores curriculantes, portanto interferem, recriam, tensionam, alteram, através de seus atos de currículo, essas políticas, objetiva-se, com esta tese, responder à seguinte questão de pesquisa: como as experiências curriculantes contribuem para as/os estudantes do Ensino Médio se constituírem, poeticamente, coautoras e coautores de si? Por conseguinte, essa investigação optou, metodologicamente, pela etnopesquisa crítica e multirreferencial cuja singularidade está na escuta de seus sujeitos como teóricos das suas experiências cotidianas, pejadas de contradições, derivas e paradoxos. A etnopesquisa se gesta, pois, principalmente, a partir dos pressupostos da fenomenologia, da etnometodologia e da multirreferencialidade. Assim, para compreender as contribuições das experiências curriculantes para as/os estudantes do Ensino Médio se constituírem, poeticamente, coautoras e coautores de si, é preciso uma escuta sensível do ser-sendo, na sua incompletude pela qual estudantes, professoras e professores ensinam e aprendem, relacionalmente, através dos debates propostos, das com-versações, do respeito às errâncias e às narrativas autobiográficas das/os estudantes e do seu acolhimento senciente. Essa compreensão poética, evidenciada nos achados da pesquisa, é uma abertura à opacidade, ambiguidade e ambivalência da linguagem, que se constitui enquanto fala e silêncio. Nas suas franjas habitam os sentidos e as coautorias produzidas por estudantes, experienciando a si mesmas e/ou mesmos como outras e/ou outros pelos seminários, leituras de obras literárias e sua reescrita nos códigos do teatro e projetos de problematização e de intervenção – ainda conforme as conclusões – além da Jornada de Conhecimento na qual as disciplinas se imbricam e as/os estudantes trabalham a partir de sistemas de referência distintos. Pela sua poiesis etnoconstitutiva, as coautorias também rompem desautorizantes experiências curriculantes quando, desjogando o jogo do que lhes é imposto, estudantes produzem movimentos instituintes. |