Transtornos alimentares em pacientes bipolares: um estudo observacional de 355 pacientes em dois centros de referência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Carvalho, Camila Magalhães Seixas de
Orientador(a): Oliveira, Irismar Reis de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9687
Resumo: O trabalho apresentado constitui um estudo observacional de corte transversal com o objetivo principal de descrever uma amostra de pacientes com transtorno bipolar do humor (TBH) e que possuem transtorno alimentar (TA). Para alcançar essa meta, 406 indivíduos bipolares de dois centros de referência foram consultados: dois ambulatórios de atendimento terciário, especializados em transtornos do humor, da cidade de Salvador e de Porto Alegre. Desses sujeitos, 51 (12,56%) foram excluídos devido à perda de dados, resultando em uma amostra de 355 pacientes. Eles responderam a instrumentos que buscavam verificar: dados clínicos e sociodemográficos; níveis de depressão, ansiedade e mania; escores de impressão clínica global, de avaliação global do funcionamento e de qualidade de vida (QV). Os dados foram analisados pelo pacote estatístico SPSS versão 17.0. Observou-se que 4,6% dos sujeitos possuíam TA, sendo que 57,9% deles tinham bulimia nervosa (BN). A maioria dos indivíduos era do sexo feminino (94,7%). Os pacientes bipolares com TA apresentaram escores mais elevados na escala de depressão, mais prejuízo no domínio psíquico da qualidade de vida e tenderam a ter mais comorbidades. Com os resultados obtidos, percebe-se que a presença de TA na amostra oferece indícios para acreditar num maior nível de gravidade entre os pacientes bipolares. Entretanto, novos estudos são necessários para que essa conclusão possa refletir a população clínica dos pacientes com TBH.