Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Campos, Lucas Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/125754
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Resumo: |
A relação paterno-filial tem sido apontada como um dos principais fatores de influência na ocorrência dos transtornos alimentares, sendo compreendida sob a perspectiva biologicista, expondo uma lacuna de compreensão sobre as nuanças presentes na díade pais e filhos, principalmente no contexto dos transtornos alimentares, que se configura como um transtorno de causa etiológica multideterminada. Para dar conta dessa lacuna, torna-se necessário um conceito que abarque os diferentes fatores presentes na relação paterno-filial e que seja coerente com a pluralidade dos transtornos alimentares, como a parentalidade, que compreende e abarca a influência das figuras parentais (ou as substitua) no ajustamento psicológico, afetivo, social e biológico no desenvolvimento dos indivíduos. O presente trabalho tem como objetivo compreender a relação entre parentalidade e transtornos alimentares em pacientes atendidos em um Programa Interdisciplinar de Nutrição aos Transtornos Alimentares e Obesidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou a entrevista narrativa como método de coleta de dados e a análise temática para interpretação e organização dos dados. Foram obtidas dez narrativas (dois participantes do sexo masculino ¿ com diagnóstico de anorexia nervosa ¿ e oito do sexo feminino ¿ com diagnóstico de anorexia, bulimia e compulsão alimentar), o que possibilitou a construção de quatro temáticas, foram elas: ¿Família¿, ¿Alimentação e Corpo¿, ¿Parentalidade¿ e ¿Transtornos Alimentares¿. Os resultados obtidos foram: (1) as configurações familiares modificam o exercício da parentalidade; (2) outras figuras familiares, como tia e avós, exercem as atividades parentais; (3) a relação alimentar entre os membros de uma família vão para além dos transtornos alimentares dos seus membros; (4) os transtornos alimentares são influenciados por diversos aspectos da relação familiar e parental (mesmo na ausência dessa figura). Os participantes narraram percepções que expandiram os objetivos propostos trazendo novas temáticas a serem exploradas e que embasaram a discussão sobre o pensar da parentalidade no cuidado para os transtornos alimentares, percebendo esse conceito como importante para a compreensão dos aspectos referentes à família no processo de saúde/doença referente aos transtornos. Ademais, compreender a parentalidade vinculada ao campo da saúde é se aproximar das concepções adotadas em políticas públicas sobre o cuidado da família, em que se compreende a diversidade de configurações e de atividades necessárias ao desenvolvimento humano que não se finda apenas em aspectos biológicos. A importância em compreender os aspectos parentais nos desdobramentos dos transtornos alimentares, pensando em outras possibilidades que vão para além das concepções tradicionais de família, são relevantes para o pensar de ações voltadas para o cuidado dos transtornos alimentares no campo da saúde. Palavras-Chave: Poder familiar. Anorexia nervosa. Bulimia nervosa. Transtornos da alimentação e da ingestão de alimentos. Narrativas. |