Vamos rodar a baiana? psicologia feminista e políticas públicas para as mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Ivana Patricia Almeida da lattes
Orientador(a): Tavares, Marcia Santana lattes
Banca de defesa: Tavares, Márcia Santana lattes, Narvaz, Martha Giudice lattes, Nogueira, Conceição lattes, Andrade, Darlane Silva Vieira lattes, Queiroz, Fernanda Marques
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37223
Resumo: Tendo em vista a importância do arcabouço teórico ao qual a Psicologia Feminista se alia e se referencia para pensar as relações de gênero e seus impactos no trabalho realizado com mulheres, esta pesquisa tem o objetivo de relacionar a inserção dos estudos sobre a Psicologia Feminista no trabalho terapêutico realizado com mulheres em situação de violência, vinculadas à Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres circunscritas às Políticas Públicas implantadas no estado da Bahia. A pesquisa foi realizada com todas as psicólogas que atuam nos Centros e Núcleos de atendimento às mulheres instalados em território baiano. O primeiro capítulo foi construído com o propósito de investigar o arcabouço formativo da psicologia concernente aos estudos de gênero, a partir de uma breve revisão histórica sobre a formação em psicologia no Brasil, com atenção especial aos jogos de poder existente no interior dos campos de disputa da apropriação dos conhecimentos psicológicos, com tensões de natureza políticoideológica que são anteriores a regulamentação da profissão no país e que se fez presente nos diferentes períodos da Psicologia no Brasil. O texto faz uma incursão no debate analítico sobre a qualidade de ensino das instituições de educação superior no país, avaliando politicamente a relação público x privado. O segundo capítulo teve o propósito de apresentar as Políticas Públicas para as Mulheres existentes no país, a relevância das mobilizações protagonizadas pelos movimentos feministas para que tais políticas se concretizassem, com o olhar direcionado ao envolvimento e às contribuições da Psicologia nesta pauta. Por fim, o último capítulo se debruça sobre as interconexões, possibilidades e desafios no encontro do feminismo com a psicologia e evidencia que este campo do saber ainda não incorporou de forma substancial a discussão de gênero a partir dos estudos feministas. Este texto-tese defende a Psicologia Feminista como abordagem e comprova a hipótese de que o desconhecimento da Psicologia Feminista enquanto instrumental teórico e a invisibilidade e marginalidade dos estudos de gênero durante a formação, sobretudo à luz das epistemologias feminista, corroboram com a utilização de abordagens individualistas da Psicologia Tradicional que impacta na capacidade qualitativa da psicologia no trabalho psicoterapêutico oferecido aquelas que buscam ajuda para romper o ciclo de violência em que estão inseridas.