Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Raisa Reis dos
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Orientador(a): |
Silva, Maria Cristina Vieira Figueiredo |
Banca de defesa: |
Minussi, Rafael Dias
,
Armelin, Paula Roberta Gabbai
,
Simões Neto, Natival Almeida
,
Lessa, Adriana Tavares Maurício
,
Alves, Daniela Almeida
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37624
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Resumo: |
Esta tese investiga as nominalizações em –ção e –mento (estruturação/alongamento) no português brasileiro (PB). A partir de um estudo descritivo do fenômeno, realizo uma análise acerca das diversas leituras verificadas nessas formações e suas implicações na estrutura interna dos nominais com esses sufixos. Na literatura linguística (BASÍLIO, 1980; ROCHA, 1999), eles são considerados concorrentes, ou seja, podem ser inseridos nos mesmos ambientes, dada a existência de formas duplas (SANTOS, 2006; SILVEIRA, 2015; FREITAS, 2015; REIS, 2016) em –ção e –mento (englobação/englobamento). No PB, nota-se que as nominalizações, a partir da anexação dos sufixos –ção e –mento a bases verbais, permitem as seguintes leituras: i) evento (simples e iterativo); ii) resultado (GRIMSHAW, 1990; PICALLO, 1997; ALEXIADOU, 2009; HARLEY, 2009) e iii) entidade (singularizada, lugar e coletiva) (BRITO; OLIVEIRA, 1997; REIS, 2016). No intuito de investigar a hipótese de que as leituras identificadas nas nominalizações em –ção e –mento estão relacionadas às diversas fases (MARANTZ, 1997) por que passam durante a sua derivação, adotei o modelo teórico da Morfologia Distribuída (HALLE; MARANTZ, 1993, 1994; MARANTZ, 1997; SIDDIQI, 2009). Para a investigação da hipótese de que os traços de Aspecto Lexical (dinamicidade, duração e telicidade) e de Aspecto Gramatical (perfectivo e imperfectivo) estão relacionados com as diversas leituras percebidas nas formações analisadas, optei pelo estudo do Aspecto nas línguas (VENDLER, 1967; VERKUYL, 1972, 1999; COMRIE, 1976; DOWTY, 1979; SMITH, 1997; CROFT, 2012). Essa pesquisa justifica-se pela originalidade das hipóteses, principalmente, ao se inserir as noções de aspecto Lexical e Gramatical no âmbito das investigações das nominalizações em –ção e –mento, visto que, embora tenham sido foco de diversos estudos, não se encontrou nenhum trabalho que relacione as leituras expressas pelas formações em –ção e –mento aos traços funcionais de aspecto Lexical e Gramatical, como primitivos selecionados na Lista 1 e amalgamados nas projeções de Aspecto Lexical (AspectlP) e Gramatical (AspectgP), traços universais das línguas humanas, presentes desde o processo de aquisição da linguagem (WEXLER, 1998; HERMONT; MORATO, 2014; LESSA, 2016; CASTRO; HERMONT, 2017). No que tange aos aspectos metodológicos, para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizei o corpus constituído para a dissertação de mestrado da autora (REIS, 2016) e alguns dados foram coletados em sítios eletrônicos, especificamente em blogs do PB. A investigação realizada permitiu encontrar evidências da presença dos traços de Aspecto Lexical e Gramatical nas nominalizações estudadas, confirmando a hipótese de que são os traços aspectuais que determinam as diferentes leituras dos nominais em -ção e -mento. Além disso, também possibilitou confirmar a hipótese de que as camadas envolvidas na derivação das palavras são importantes para a determinação das interpretações dos nomes em –ção e –mento no PB. |