O emprego de -ção e -mento no português falado no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silveira, Luciana Morales da
Orientador(a): Schwindt, Luiz Carlos da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/130785
Resumo: Neste trabalho, investiga-se a distribuição dos sufixos -ção e -mento nos dialetos de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. A partir de estudos anteriores sobre tais afixos, analisaram-se fatores de natureza linguística, como tonicidade (oxítona, paroxítona e proparoxítona), número de sílabas, tipos de verbos (de estado, de ação, de processo e de ação-processo), características da base (se com alomorfia ou sem, por exemplo), prefixação, sufixação, terminações, entre outros. Analisaram-se, também, fatores de natureza extralinguística, como escolaridade (primário e secundário), sexo (feminino e masculino), faixa etária (mais de 50 anos e menos de 50 anos) e localidade (Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba). Para a investigação, fez-se uso de dados de fala extraídos de 46 entrevistas do projeto Variação Linguística na Região Sul do Brasil – VARSUL e de um teste de produtividade baseado em pseudopalavras propostas pela pesquisadora, aplicado a 31 informantes. Para a análise quantitativa dos resultados, foram utilizados os programas que compõem o pacote VARBRUL 2S, a fim de se levantarem as frequências de uso de cada um dos afixos envolvidos. A análise dos resultados mostrou que, de forma geral, -ção é o sufixo preferido na alternância de uso entre -ção e -mento. Além disso, observou-se que fatores como tipo de verbo, conjugação, algumas terminações, assim como a iteratividade ou o número de sílabas podem influenciar o falante em sua escolha pelo uso de um sufixo e não de outro. Os achados dessa pesquisa confirmam grande parte de nossas questões e permitem que se observe em que medida esse dialeto se iguala ou não a outros já estudados. Para tanto, usamos como fonte, especialmente, Aronoff (1976), Basilio (1980, 1996, 1999, 2000, 2011), Villalva (1986), Sandmann (1996), Rocha (1999, 2008), Monteiro (2002), Maroneze (2005), Bastos (2006, 2012), Grodt (2009) e Souza (2010).