Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Daniela Maia |
Orientador(a): |
Almeida, Elga Lessa de Almeida |
Banca de defesa: |
Kraychete, Elsa,
Lima, Thiago |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28219
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Resumo: |
A fome é um desafio global de origem histórica. O fim da Segunda Guerra Mundial culminou na criação de diversas organizações internacionais, dentre elas, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) – a primeira agência internacional de combate à fome. Naquele contexto, o continente africano já era um dos mais atingidos pela pobreza e fome, fruto dos processos de colonização que usurpavam suas matérias-primas e determinavam sua posição periférica no sistema mundo. Isso posto, esta dissertação analisa, sob a ótica da cooperação internacional e seus conjuntos de valores e práticas, a dinâmica das instituições de Bretton Woods e sua influência na agenda de atuação da FAO, utilizando-se, particularmente, do caso moçambicano para compreender o papel da FAO nessa arquitetura internacional. A análise de documentos oficiais foi fundamental para verificar qual a agenda da organização para o continente africano, bem como por meio da análise dos projetos “Escolas nas Machambas” e “E-voucher” desenvolvidos em Moçambique foi possível atestar a hipótese aventada de que a FAO vem se configurando como um espaço contra-hegemônico, que, contraditoriamente, por suas limitações, é fortemente influenciada pelas forças hegemônicas. Dessa forma, a atuação da FAO em Moçambique demonstra que a luta contra a fome tem grande influência de frentes hegemônicas que identificam os paradoxos presentes na atual ordem, como a abundância em alimentos nos países desenvolvidos e a fome em tantas outras partes do globo, mas não propõem medidas que, de fato, transformem a realidade; ao contrário, são ações estratégicas paliativas e aquiescentes com as instituições de Bretton Woods que procuram manter a ordem como tal. |