Jogo-dentro-do-jogo, o trabalho de ator no teatro de cordel de João Augusto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Araponga, Marconi de Oliveira
Orientador(a): Bião, Armindo Jorge de Carvalho
Banca de defesa: Costa, Eliene Benício Amâncio, Trigo, Isa Maria Faria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/14710
Resumo: Trata-se, nesta dissertação de mestrado em artes cênicas, do trabalho de ator no teatro de cordel praticado em Salvador, Bahia, Brasil, nos anos de 1970. Essa forma teatral, lançada em 1966, com a liderança de João Augusto Azevedo, diretor do Teatro Vila Velha e do grupo Teatro Livre da Bahia, na década de 1960, consistia na adaptação para o palco de folhetos da literatura de cordel nordestina, em versos em parte da década seguinte, com recriações dos folhetos para a cena, esse teatro de cordel passa a incluir a prosa textual, para apresentações nas ruas e praças, com clara intenção pedagógica e política, experiência que teve, num segundo momento, a liderança do ator Bemvindo Sequeira. A partir de entrevistas com cinco dos atores mais implicados desta forma teatral, identificam-se recorrências sobre sua formação e sobre sua prática no teatro de cordel. Do ponto de vista da encenação, usa-se o recurso da representação do super-texto ou do sobre-texto (expressões cunhadas pelo autor da pesquisa) que se caracteriza pela representação das informações épicas por parte dos atores (jogo de cena), e, no âmbito da interpretação dos atores, que é o foco principal da pesquisa, a identificação de uma espécie de jogo-dentro-do-jogo, de uma cumplicidade construída em cena e na convivência dos ensaios, que estimula o exercício da improvisação constante e renovada, por meio de brincadeiras internas assegurando-se, assim, a partir do estabelecimento de outra ética, o tão desejado frescor na experiência e expressão únicas que são a encenação e a fruição de fenômeno teatral.