Vozes sagradas: as resistências de mulheres negras no candomblé da Bahia

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: SOUZA, Luana Franciele Miranda
• Orientador(a): Santos, Leandro de Paula
• Banca de defesa: Santos, Leandro de Paula, Severino, José Roberto, Ribeiro, Denize Almeida
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
• Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura)
• Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Mulher negra; Resistência; Candomblé
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36421

Esta dissertação percorre caminhos que conectam a minha experiência enquanto mulher, negra e de espiritualidade afrodiaspórica à trajetória de ativismos protagonizados por mulheres também marcadas por esses três marcadores sociais. A pesquisa emerge em um momento atípico da história da América Latina marcado pela pandemia do novo coronavírus que tem vitimado milhares de brasileiras/os e pelo contexto sócio-político no qual as conquistas das identidades marginalizadas que disputavam, em outrora, espaços de visibilidade nas estruturas da sociedade, retornam às margens no ápice do retrocesso, retomando antigas lutas e abraçando os mesmos objetivos anteriores: manterem-se vivas e vivos enquanto as armas do conservadorismo e da normatividade eurocêntrica seguem apontadas em suas direções. O objetivo central é refletir acerca dos movimentos de resistência performados por mulheres negras do Candomblé da Bahia e seus impactos na cena pública, tendo como referência a Frente Nacional Makota Valdina. A análise parte do pressuposto de que a ancestralidade é o princípio norteador dessas lutas e estratégias de resistência em prol dos direitos religiosos e contra os regimes de opressões articulados em torno da existência feminina negra. Desse modo, a pesquisa foi costurada a partir de linhas teóricas e metodológicas fundamentais para as discussões de raça, gênero e religiosidade enquanto categorias interseccionais.