Primeira hospitalização em uma unidade de onco-hematologia: vivências de pacientes no processo de transição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Decanio, Leonardo Correia Santana lattes
Orientador(a): Amaral, Juliana Bezerra do lattes
Banca de defesa: Silva, Valdenir Almeida da lattes, Pedreira, Larissa Chaves lattes, Almeida, Milena Dórea de lattes, Amaral, Juliana Bezerra do lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38390
Resumo: A pessoa que é acometida pelo câncer vivencia uma transição. A experiência de transição é um período de instabilidade, em que o diagnóstico de câncer muda drasticamente a rotina das pessoas que terão que readaptar sua vida emocional, física e social. Ao considerar a dimensão das neoplasias hematológicas, sobretudo pelo diagnóstico repentino, necessidade de tratamento imediato, e o desequilíbrio na vida das pessoas desde a descoberta do diagnóstico, a hospitalização e o início do tratamento, faz-se necessário desvelar este processo tão particular, não somente pelo aspecto humano, mas também para a construção e aprimoramento do cuidado de enfermagem a ser dedicado. Decidiu-se por realizar esta pesquisa a partir da seguinte questão norteadora: Como se dá o processo de transição nas pessoas acometidas pela doença onco-hematológica na primeira hospitalização em uma unidade especializada? Objetivo: Compreender o processo de transição vivenciado pelos pacientes onco-hematológicos durante a primeira hospitalização, a partir da Teoria das Transições de Afaf Meleis. Método: Esta é uma pesquisa qualitativa, exploratória, realizada em hospital público de ensino de Salvador (Bahia, Brasil), com oito pessoas com adoecimento onco-hematológico, na primeira hospitalização, entre julho de 2021 a março de 2022. Os dados foram coletados por meio de entrevista em profundidade, submetidos à análise lexical pelo software IRAMUTEQ®, através da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), e interpretados à luz da Teoria das Transições. Neste estudo compreende-se o significado de vivência na filosofia de Nietzsche. A pesquisa obedeceu aos princípios éticos, tendo sido aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (CAAE: 44705321.5.0000.0049), e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Foram identificadas três categorias temáticas: 1) O despertar para a Transição (A vida antes da hospitalização, A família como elemento facilitador de transição, A mudança na rotina com o adoecimento); 2) O processo para o diagnóstico e a hospitalização (O itinerário terapêutico; A religião/religiosidade como suporte para o enfrentamento; O momento do diagnóstico e os desdobramentos; A hospitalização e o processo saúde/doença); 3) Eventos e pontos críticos (As estratégias de adaptação; O uso de dispositivos e o início da quimioterapia; Angústias e medos com o adoecimento e a primeira hospitalização; A relação com os profissionais de saúde; A relação com a família durante a hospitalização). Conclusão: A partir das narrativas e com base na Teoria de Afaf Meleis, foi possível compreender as diferentes transições dos pacientes; assim como o mover- se, as mudanças, os eventos e pontos críticos são determinantes nas transições; bem como as condicionantes pessoais, comunitárias e sociais que atuam como facilitadoras ou inibidoras das transições.