Tendência da mortalidade feminina por agressões nas microrregiões do estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mota, Tilson Nunes
Orientador(a): Gomes, Nadirlene Pereira
Banca de defesa: Gomes, Nadirlene Pereira, Felzemburgh, Ridalva Dias Martins, Nascimento, Enilda Rosendo do, Bispo, Tânia Christiane Ferreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: em Enfermagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20784
Resumo: O feminicídio é um crime vivenciado pelas mulheres, geralmente perpetrado por homens e encontra-se arraigado na crença, socialmente compartilhada, do poder de dominação masculina sobre o corpo e a vida da mulher. Este estudo teve como objetivos analisar e descrever as características da tendência da mortalidade por agressões nas microrregiões do Estado da Bahia, Brasil, 2000 a 2012. Trata-se de um estudo ecológico com dados secundários oriundos do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Foram calculados os coeficientes de mortalidade por agressão, em seguida efetuou-se o método direto de padronização. A análise de tendência foi executada por meio do modelo de regressão linear simples, tendo como variável dependente os coeficientes de mortalidade e como independente, os anos de ocorrência dos óbitos. Além disso, realizamos a analise descritiva das mortes por agressões estratificadas por local de ocorrência do óbito, faixa etária, cor/raça e escolaridade. Registrou-se, no SIM, 3.342 óbitos por feminicídio, com uma maior predominância entre as mulheres jovens, na faixa etária entre 20 e 29 anos, negras, com baixa escolaridade e que foram a óbito em via pública. No que tange a tendência da mortalidade por feminicídio, observou-se que 56,25% das 32 microrregiões do estado da Bahia permaneceram estáveis e 43,75% tendência crescente. Diante dos achados, percebemos a necessidade da adoção de medidas para o enfrentamento de fatores determinantes e condicionantes para o feminicídio na Bahia. Bem como, empoderar as mulheres através de qualificações profissionais que estimulem a sua inserção no mercado de trabalho e oportunize a autonomia financeira. Faz-se necessário ainda o maior incentivo a políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher com interface para a geração de renda.