Balé Teatro Castro Alves: histórias de uma história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gonçalves, Sônia Maria Brandão Ribeiro
Orientador(a): Rengel, Lenira Peral
Banca de defesa: Schaffner, Carmen Paternostro, Silva, Hebe Alves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Gradução em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25682
Resumo: Esta dissertação apresenta uma história do Balé Teatro Castro Alves (BTCA). Buscou traçar um necessário diálogo entre o que é chamado de pesquisa artística e pesquisa acadêmica e intentou tornar esta dicotomia inexistente e assim, portanto, desenvolver uma pesquisa artístico-acadêmica. Ao argumentar que um lugar de fala é sempre envolvido pelo ambiente no qual está inserido (GREINER; KATZ, 2006), um dos objetivos desta história foi trazer, simultaneamente, a experiência de um coletivo formado por bailarinos de uma importante companhia de reconhecimento nacional e internacional, cidadãos da Dança em Salvador, da Bahia e do Brasil. Neste traçado de um longo período foram abordados dados anteriores à criação do BTCA e da Companhia Ilimitada (CI), apresentados alguns fatos da política cultural (da época de fundação do BTCA e da CI). São aqui expostos dados do cotidiano da companhia, diretores, coreógrafos e outros membros, analisados os processos excludentes de bailarinos, seus processos criativos como intérpretes-criadores, suas relações com a comunidade. A trajetória teve como seu agente a noção de corpopassagem, sendo este um corpo que não apenas passa pelos acontecimentos, mas que os experiencia e por isso mesmo os pode narrar (BENJAMIN, 1994). Completando as referências principais Ecléa Bosi (1994) referencia a abordagem do termo “história”. Giorgio Agamben (2010; 2009; 1993) elucida a compreensão do conceito de “exclusão” e Foucault (2013; 2005; 2004) faz entender a disciplina exacerbada com a discussão de um “corpo dócil”. Lenira Rengel (2015; 2007) contribuiu com a noção de “corponectivo”, enquanto corpo não dualista na questão “corpomente”. A história da Dança no Brasil, seja recente ou anterior, carece de dados escritos, iconográficos, relatos, entrevistas com pessoas que são parte desta própria história. A pesquisa traz, portanto, metodologicamente esses procedimentos, junto à pesquisa qualitativa bibliográfica, tendo como metodologia principal a etnografia e a auto etnografia (FORTIN, 2009). Resultados se deram em compilar questões vividas, bem como relatos pessoais que configuram, de fato, uma história, junto a apresentar documentos que, por vezes, são descartados. O BTCA em 2017 continua sua história em intensa tentativa de sobrevivência com produção artísticoacadêmica- social.