Diversidade genética do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) após transmissão vertical em Salvador-Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Vaz, Sara Nunes
Orientador(a): Alves, Carlos Roberto Brites
Banca de defesa: Lyra, André Castro, Silva, Luciano Kalabric, Bahia, Fabianna Márcia Maranhão
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24199
Resumo: RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA Introdução: Cerca de 35,3 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e destas, 2,7 milhões são crianças com menos de 15 anos de idade. A transmissão vertical (TV) do HIV-1 é responsável por 90% de todas as infecções em crianças, podendo ocorrer durante a gravidez, no momento do parto e através do leite materno. Apesar das grandes conquistas na prevenção da TV no Brasil, crianças ainda vêm sendo infectadas. Objetivo: Avaliar a diversidade genética do vírus HIV-1 em crianças/ adolescentes infectados por via vertical em comparação ao vírus materno. Materiais e métodos: Amostras de sangue total de 41 sujeitos infectados pelo HIV-1 (22 crianças e 19 mães) foram coletadas. DNA genômico foi extraído e fragmentos de gag, pol e env amplificados através de PCR e sequenciados. Reconstruções filogenéticas foram utilizadas para subtipar as sequências e identificar recombinantes. Sequências de aminoácidos dos pares de mães e filhos virgens de terapia antirretroviral (TARV) foram analisadas quanto ao número de mutações não sinônimas. A região da alça V3 das sequências de env foram analisadas para identificação de assinaturas e predição in silico do coreceptor viral. Mutações de resistência associadas aos inibidores de protease, transcriptase reversa e fusão foram identificadas nas sequências de pol e env. Resultados: A prevalência de subtipo B puro nesta população foi de 82,1% e de recombinantes BF 17,9%. A maior frequência de mutação não sinônima foi encontrada em Env (9.9%), seguida de Gag (2.7%) e Pol (1.9%). Análises na alça V3 da região do envelope revelaram 19,5% de subtipo B’ (GWGR); 46,4% de B (GPGR) e 34,1% de outras variantes (GXPX). Com relação à predição de coreceptor, 46,3% das sequências eram de vírus X4 (CXCR4) e destas, dez (52,6%) eram sequências de mães. Uma prevalência de 43,9% de mutações associadas às drogas antirretrovirais (DRAM) nas sequências de pol foi identificada. Dentre as crianças/adolescentes virgens de tratamento, 33,3% apresentaram pelo menos uma mutação associada aos inibidores de protease e/ou transcriptase reversa. Mutações de resistência transmitida (tDRM) foram detectadas numa prevalência de 4,9%. Encontramos uma baixa prevalência de mutações no gene env, associadas à resistência ao inibidor de fusão: 4,9% de HR1 e 14,6% de HR2. Conclusões: Os resultados ressaltam a importância de testar as gestantes e mantê-las em TARV para supressão do vírus, evitando assim a TV. Para dar melhor suporte às políticas públicas de saúde na eliminação da TV do HIV-1 e na seleção de regimes de TARV ativa para mães e bebês, é essencial entender a epidemiologia molecular do vírus. Palavras-chaves: HIV-1; transmissão vertical; diversidade genética.