Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Débora Fernandes |
Orientador(a): |
Motta, Maria da Graça Corso da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206308
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Resumo: |
O conceito de vulnerabilidade representa uma conquista histórica, resultado da luta pela cidadania e dos direitos humanos de protagonistas envolvidos na evolução da epidemia do HIV/Aids. O estudo utiliza-se do conceito como marco conceitual para o alcance dos objetivos de compreender as trajetórias de vida de mulheres que vivem com HIV, que já sabiam de seu diagnóstico anterior à gestação e não fizeram uso de medicamento antirretroviral durante a gestação e identificar os fatores, que constituem vulnerabilidades, envolvidos nas trajetórias de vidas dessas mulheres. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utiliza, como estratégia metodológica, a História Oral. As participantes foram convidadas na Maternidade Mário Totta da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. As informações foram coletadas por meio de entrevista com a técnica de histórias de vida. Foram respeitados todos os aspectos éticos necessários para o desenvolvimento de pesquisas que envolvem sujeitos humanos. Para interpretação das informações foi utilizada a abordagem de interpretação hermenêutica proposta por Motta e Crossetti, embasada em Paul Ricouer. A interpretação das informações foi apresentada em três dimensões: As Trajetórias em Direção ao Vírus: percepções de vulnerabilidades nos modos de viver; As (Im)possibilidades de Cuidados para Prevenção da Transmissão Vertical para além da Saúde: aspectos culturais e religiosos e As Instituições de Saúde como Coadjuvantes do Cuidado. Observou-se que as mulheres, que participaram do estudo, estão neste mundo para além do problema morfofuncional que o vírus acarreta em seu corpo e, com isso, que suas necessidades de cuidado vão na busca do suprimento de outros fatores diversos que definem e conduzem as suas existências. A possibilidade de gerar uma criança e lhe dar vida ultrapassa os limites da discussão de transmitir ou não os seus problemas de saúde. Dizem respeito, em algumas histórias, na busca constante de sua capacidade de manutenção no mundo e de seus ―projetos de felicidade‖. A percepção de cuidado de si e de cuidado do outro está intimamente vinculada às suas expectativas de viver no mundo e de como ser recebido por ele. O uso do marco conceitual da Vulnerabilidade, nesse estudo, possibilitou ampliar o olhar acerca da complexidade do viver humano e, consequentemente, do Cuidado Humano. A possibilidade da escuta de histórias de vida, com todas as suas peculiaridades e demonstrações de carências e potencialidades, para o entendimento de suas experiências existenciais, possibilitou conhecer, um pouco mais, a realidade concreta das mulheres, que, entre tropeços, buscam a manutenção de suas histórias e suas necessidades emergentes. Destaca-se, que nem sempre, os planos de cuidado traçados pelos profissionais de saúde estão coerentes com estas necessidades e, portanto, faz-se difícil atingir os objetivos da ação de cuidar. |