Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Iara Costa de
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Orientador(a): |
Machado, Adriana Bittencourt |
Banca de defesa: |
Machado, Adriana Bittencourt,
Guimarães, Daniela Bemfica,
Rocha, Jailson José Gomes da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36748
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Resumo: |
O antropocentrismo e o especismo são relações sociais que hierarquizam os corpos, pautando-se na definição colonial do que seria humano em detrimento do que não seria, prescrevendo como se vive e como se morre de acordo com as aproximações do corpo ao projeto iluminista de humano, atuando, portanto, como um status social. A narrativa antropocêntrica transforma corpos em recursos e promove extinções em massa. Trata-se de catástrofes ambientais e de desparecimentos políticos (FAUSTO, 2020), que são fomentados pelo projeto civilizacional e pelo teocentrismo cristão. Esta pesquisa tem como objetivo relacionar dança e especismo. Para isto, recorro a uma anti-metodologia ao modo de fazer ciência, que se pauta no excepcionalismo humano (DERRIDA, 2002) e, nas análises fundamentadas em tudo-ou-nada (INGOLD, 1994), através de: perguntas-fabulações (DESPRET, 2021) que buscam promover fissuras nas certezas antropocêntricas; composições com fragmentos imagéticos para tensionar a supremacia da palavra escrita (COLETO, 2022); tensionamento da linguagem binária (HABIB, 2022); análises de especismo explícito em obras artísticas e interações com as ontologias e epistemologias que são subversivas ao antropocentrismo como o perspectivismo ameríndio (DANOWSKI, VIVEIROS DE CASTRO, 2017), o animismo (INGOLD, 2021; KRENAK, 2020) e, os Estudos Multiespécies (HARAWAY, 2019; VAN DOOREN, KIRSKEY, MÜNSTER, 2016; GILBERT, SAPP, TAUBER, 2016) para somar outras perspectivas a definições importantes para o campo da dança como “humano”, “não humano”, “indivíduo”, “ambiente” e “sociedade”. Corpo de que-m habita as ruínas desenlaçando em contribuições para processos criativos em dança; em pistas para perceber manifestações especistas nas artes do corpo; em caminhos para subverter o especismo em práticas artísticas; na criação de um quase-solo de dança e no entendimento político de que a dança é uma relação multiespécie. |