Dançagrafias de corpas indígenas em luta: acampamento terra livre e marcha das mulheres indígenas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mendes, Jéssica Alana Lopes lattes
Orientador(a): Silva, Márcia Virgínia Mignac da
Banca de defesa: Silva, Márcia Virgínia Mignac da, Moura, Gilsamara, Ribeiro, Ruth Silva Torralba
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40292
Resumo: A presente dissertação tem como objeto de estudo as danças realizadas nos anos de 2021, 2022 e 2023 em duas mobilizações indígenas: Acampamento Terra Livre (ATL) e Marcha das Mulheres Indígenas (MMI). O objetivo principal é analisar as danças das corpas indígenas, como potência de vida em co-existência diante da colonialidade. Assim como, compreender a movência enquanto herança ancestral e coletiva, para a continuidade de suas corpas-territórios, diante de relações estabelecidas entre dança indígena, corpo, cognição e enfrentamento às políticas de estado. Para tal, utiliza-se uma abordagem metodológica que combina revisão bibliográfica e pesquisa de campo (via aplicação de entrevistas semi-estruturadas com as corpas indígenas participantes das mobilizações que constituem o corpus da pesquisa). No tocante à revisão bibliográfica, destaca-se os seguintes autores: Helena Katz (2005); Christine Greiner (2005); Eliane Potiguara (2018); Geni Nuñez (2019); Sandra Benites (2018); William Mcneill (1995); Ailton Krenak (2022, 2020); e Davi Kopenawa (2015). Além dos citados, o compilado de artigos Literatura Indígena, organizado por Trudruá Dorrico (2020), também é imprescindível para a pesquisa. A hipótese que aqui se levanta, considera a dança como um ato político e cognitivo de luta, na medida em que aciona elos musculares e ancestrais capazes de promover um ordenamento cinestésico e, portanto, o fortalecimento das corpas em modos de agruparem-se e resistirem coletivamente. Para resistir, enfatiza-se aqui a capacidade de estar em resiliência, de viver em espiral e em movimento contínuo junto ao coletivo.