A VULVA ABSOLUTA: RESSIGNIFICAÇÕES DO AMOR E DO EROTISMO NA LÍRICA DE RITA SANTANA SALVADOR, BA 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Patrícia Maria da
Orientador(a): Santos, Lívia Maria Natália de Souza
Banca de defesa: Santiago, Ana Rita, Souza, Arivaldo Sacramento de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28625
Resumo: A dissertação aqui apresenta, intitulada “A VULVA ABSOLUTA": RESSIGNIFICAÇÃO DO AMOR E DO EROTISMO NA LÍRICA DE RITA SANTANA tem por objetivo fazer uma análise das concepções singulares de amor e erotismo que a escritora negra baiana nascida na cidade de Ilhéus, Rita Santana, traz em seus poemas. O estudo se faz articulando as representações acionadas por Santana em contraste com os estudos psicanalíticos de base freudiana. Na tentativa de problematizar, reavaliar e refletir melhor o tema proposto faz-se necessária a ressignificação de alguns conceitos psicanalíticos propostos nas teorias freudianas, conceitos esses que são rediscutidos por Birman (1999), mas que, ainda assim, não dão conta da subjetividade negro feminina e, por este motivo, precisam ser deslocadas e novamente ressignificadas. deslocando o eixo de poder do falo-pênis para a palavra-vulva, que aqui funciona como um falo, Santana nos aponta uma outra possibilidade de lírica, que não se quer submissa aos padrões e estereótipos comumente associados à escrita de mulheres. NA lírica, o fazer poético torna-se então um espaço de ressignificação de si. Para o desenvolvimento da dissertação investi num estudo que, fazendo um entrecruzar entre Amor, Erotismo, literatura negro feminina e psicanálise, resultou em um trabalho que discute e problematiza o apagamento da subjetividade da mulher negra também no âmbito da psicanálise, desnudando a maneira como a poeta em questão tem contribuído para a construção dessa subjetividade - há tanto negada ao corpo negro feminino. Um trabalho de fôlego e de relevância no contexto da Literatura Negra Contemporânea. Para levar a termo este estudo dialogamos com o pensamento de teóricos como Chimamanda Adiche (2009), Foucault (2015), Angela Davis (2016), Audre Lorde (2016[1977]), Neusa Sousa (1983), Fanon (2008) em diálogo com analises dos poemas da autora retirados dos livros Tratado das veias (2006) e Alforrias (2012).