TABU LINGUÍSTICO NO PORTUGUÊS FALADO NO MARANHÃO, NA BAHIA E EM GUINÉ-BISSAU

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fafina, Danildo Mussa
Orientador(a): Machado Filho, Américo Venâncio Lopes
Banca de defesa: Cyrino, João Paulo Lazzarini, Mota, Jacyra Andrade, Paisu, Marcela Moura Torres
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26612
Resumo: O texto é resultado de uma pesquisa geo-sociolinguística que analisa, a partir de uma perspectiva diatópica, comparativa e descritivo-interpretativa, a variação lexical resultante do tabu linguístico no português falando no Brasil e em Guiné-Bissau. Os tabus analisados são de natureza religiosa e social. A pesquisa toma como base para a análise uma amostra representativa de dados do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) e de dados coletados em Guiné-Bissau, coletadas in loco. A pesquisa busca, na fala dos 72 sujeitos entrevistados oriundos de 10 localidades do Brasil e 1 de Guiné-Bissau, como essas duas culturas denominam conceitos considerados tabus, como a denominação do diabo, a menstruação e o nome de pessoas mortas: esses temas foram selecionados considerando o potencial tabuístico que eles podem suscitar. Nesse sentido, o estudo comparativo foi feito como base nas três perguntas do questionário semântico-lexical (QSL) do ALiB, questões 121, nome dado ao ciclo do período menstrual; 135, nome da pessoa que já morreu, ambas do campo temático “ciclo de vida”; e 147, e as denominações para o diabo, do campo temático “religião e crenças”. Com a pesquisa, foi possível perceber a dimensão do tabu linguístico entre os dois países e observar como o tabu social e religioso se manifesta na fala de indivíduos das duas localidades, principalmente, quando se considera as práticas culturas, crenças religiosas e os mitos, que determinam a visão de mundo e o modo de estar dos indivíduos em cada uma dessas sociedades. A pesquisa permitiu observar que o grupo de guineenses apresenta-se como um grupo mais conservador do que o grupo de brasileiros, principalmente, no que diz respeito às questões sobre o diabo e a menstruação.