Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Celeste Ramos da |
Orientador(a): |
Díaz-Rodríguez, Félix Marcial |
Banca de defesa: |
Pimentel, Álamo,
Castro, Antonilma Santos Almeida,
Barros, Alessandra Soares de,
Paula, Ercília Angelli Teixeira de,
Díaz-Rodríguez, Félix Marcial |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31447
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Resumo: |
O empreendimento deste estudo teve como objetivo central analisar quais as marcas que existem na sociedade e nas concepções dos professores que contribuem para produção e reprodução da (in) visibilidade da criança e do adolescente com HIV/AIDS na escola. Partimos do princípio de que prejuízos à escolaridade associados à doença crônica na infância, principalmente do HIV/Aids podem (in)visibilizar a criança e o adolescente no espaço escolar, o que nega sua participação como ser que constrói sua própria história. A infecção do HIV/Aids é um problema em todo o planeta. Na América Latina, vem avançando, principalmente entre as mulheres de baixa renda, os jovens de 15 a 24 anos, com prevalência considerável no Brasil e em outros países. Isso significa que estamos vivendo uma epidemia global, que consiste em uma série de microepidemias sobrepostas, cada uma evoluindo com uma dinâmica própria. Como lastro teórico, ancoramos nossa travessia em diferentes áreas do conhecimento: Adorno e Horkheimer (1985), Zuin, Pucci e Ramos-de-Oliveira (2012) no que se refere à compreensão do poder educativo do pensamento crítico e os tabus na educação; as obras de Paulo Freire (1981,1992,1996, 2002), Giroux (1997, 2003) Bourdieu (2009, 2010) no que se refere aos aspectos educacionais. Para referendar os estudos sobre a tríade saúde-doença e educação da atenção recorremos a Canesqui (2007), Castellanos (2007, 2011), Ingold (2010); Crochik (2006, 2013), Goffmam (2013), Santos B. (2002), Filho ( 2004, 2007), Patto (2007, 2009) que nos auxiliam na discussão sobre diversidade, estigmatização, exclusão e invisibilidade social. Como percurso metodológico, elegemos o caminho da pesquisa qualitativa, guiada pela Teoria Crítica que se ancora na Escola de Frankfurt. Empiricamente, aplicamos entrevista narrativa por pauta e questionário semi-estruturado de aprofundamento a dois grupos distintos, cada um composto por seis professores, com braço único, totalizando-se 12 professores da rede pública de ensino de Salvador-Ba, além de análise documental dos Parâmetros Curriculares Nacionais e do Manual Saúde e Prevenção nas Escolas; com análise dos dados pela teoria do discurso crítica de Fairclough (2001). Consideramos que tantos as marcas que (in)visibilizam crianças e adolescentes soropositivas na escola, são também as que colocam os professores em condições desiguais e de exclusão, sob a ordem do preconceito e discriminação. Podemos então assinalar que os discursos dos professores/entrevistados indicam que a vida social das crianças e dos adolescentes é atravessada por processos nos quais estão circunstanciadas às produções das díades: normal/patológico, saúde/doença, sucesso/fracasso, como categoria que distinguem, no plano social, o que é prescrito ou aceito daquilo que é proscrito ou recusado, do mesmo modo que reproduzem as marcas (in)visibilizadoras da condição crônica dos alunos sobreviventes do HIV/Aids na escola e em outros espaços de sua convivência. Isso demonstra, por si só, que a relação entre o discurso e a estrutura social tem natureza dialética, resultando do contraponto entre a determinação do discurso e sua construção social. Assim, o discurso é reflexo de uma realidade mais profunda, e é representado de forma idealizada como fonte social. PALAVRAS-CHAVE: HIV/Aids, doença crônica na escola, políticas públicas, escolarização, inclusão escolar. |