Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza, Adriana França |
Orientador(a): |
Santos, Adalberto Silva |
Banca de defesa: |
Santos, Jocélio Teles dos,
Silveira, Renato da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
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Programa de Pós-Graduação: |
Multidisciplinar em Cultura e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15674
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Resumo: |
Esta dissertação buscou entender os negócios e negociações, materiais e simbólicos, edificados por negras e mestiças, baianas de acarajé, conjugando os aspectos do trabalho na perspectiva dos processos de informalidade, além das relações de gênero e do espaço da rua, na atual cena de Salvador. O estudo teve como objeto de pesquisa as baianas de acarajé atuantes nas ruas da região aqui denominada de “Centro Antigo de Salvador”, que compreendeu os trechos do Comércio, Praça Municipal, Rua Chile, Pelourinho, Baixa dos Sapateiros, Barroquinha, Rua Carlos Gomes, Largo da Piedade e trechos das Avenidas Sete de Setembro e Joana Angélica. A articulação entre comércio de rua, comida e mulheres negras, pareceu desenhar através dos séculos, possibilidades para a conquista de um espaço feminino, com construções e reconstruções de papéis e identidades. Essas mulheres escreveram, a próprio punho, as linhas que narraram sua história, sabendo utilizar as brechas existentes nos sistemas econômico, político e social, para transformarem uma situação de exclusão e de pouco horizontes, em uma situação de afirmação e potencialidades. É importante ressaltar que tais articulações se realizaram nas ruas, nas praças, nos becos, nas ladeiras, com tabuleiros de quitutes, com tradição e com aptidão para negociar. Mais que uma ocupação informal, o trabalho como baiana de acarajé é permeado por injunções simbólicas e culturais de uma profissão histórica, que atravessou os séculos, existindo até os dias de hoje em Salvador, como uma alternativa para a conquista da sobrevivência material (geração de renda) e simbólica (autonomia). |