Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Adelmo Viana dos |
Orientador(a): |
Ramos, Elizabeth Santos |
Banca de defesa: |
Yerro, Jorge Hernan,
Santos, José Henrique de Freitas |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29168
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo analisar a construção do filme Maré: nossa história de amor, da diretora Lúcia Murat, como ressignificação da peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Observa-se através da análise entre as obras, que a peça foi deslocada para o contexto das favelas do Rio de Janeiro, no século XXI, apresentando questões que suscitam importantes reflexões e, simultaneamente, dialogam com a peça do dramaturgo inglês. Partindo de uma concepção pósestruturalista, o filme é analisado como tradução que, mantendo o vínculo com a anterioridade ressignifica a peça a partir da leitura e da interpretação da tradutora. Tomando por base a peça de Shakespeare, considerada como anterioridade da obra analisada, a pesquisa propôs-se observar os rastros e as transformações ocorridas no processo tradutório intersemiótico. Abordou-se, no que condiz aos rastros, a ocorrência da intertextualidade, ressaltando os estudos de teóricos da área de tradução. Ao apresentar um diálogo entre a peça e o filme, a pesquisa problematizou conceitos e perspectivas hierarquizantes e essencialistas que regem a relação comparativa entre as obras, abordando-as como textos autênticos e valiosos. Com o intuito de embasar a abordagem do filme como tradução, foram abordados conceitos como suplemento, rastros, desconstrução, que apresentam uma concepção desse campo de estudos como potência transformadora que contribui para a permanência das obras no tempo e permite ao público brasileiro contato com uma expressão artística que, no período elisabetano era bastante popular. |