SHAKESPEARE NO PAÍS DO FUTEBOL: UMA TRADUÇÃO DE ROMEU E JULIETA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Brasil, Luana Brito
Orientador(a): Ramos, Elizabeth Santos
Banca de defesa: Oliveira, Marinyze Prates de, França, Denise Carrascosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27239
Resumo: A partir da aplicação aos Estudos de Tradução de algumas noções apresentadas pelo filósofo Jacques Derrida, podemos dizer que a tradução resulta de um exercício de leitura e interpretação, permitindo que novas leituras sejam adicionadas a um texto fonte na condição de suplemento, revitalizando a anterioridade e mantendo-o vivo, pronto para ser fruído pelas gerações futuras. Tal aspecto mostra-se evidente em releituras de obras escritas por autores canônicos, como as do dramaturgo inglês William Shakespeare. Assim, de um lado temos a peça Romeu Julieta (circa 1594) que narra a tragédia de dois jovens amantes pertencentes a famílias inimigas, do outro, o filme O Casamento de Romeu e Julieta (2005), baseado no conto Palmeiras, um caso de amor do escritor Mario Prata e dirigido por Bruno Barreto, que traz à tela do cinema uma comédia sobre o romance entre a capitã do time de futebol feminino do Palmeiras e o médico oftamologista, líder da torcida do Corinthians. A partir dos hipotextos de Shakespeare e Prata, Bruno Barreto constrói seu hipertexto fílmico (tradução intersemiótica), evidenciando na tradução, seu status de recriação a partir de um texto e uma série de outros com os quais dialoga. A pesquisa objetiva analisar traços de ressignificação e atualização do drama shakespeariano identificados na narrativa cinematográfica de Barreto, tendo em vista o panorama das relações entre textos discutidas por Julia Kristeva e Gerárd Genette, de modo a contribuir de modo crítico para futuras reflexões sobre a análise de traduções.