Riso e arte cômica em Bergson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Paulo Deimison Brito dos lattes
Orientador(a): Saes, Sílvia Faustino de Assis lattes
Banca de defesa: Saes, Sílvia Faustino de Assis lattes, Monteiro, Geovana da Paz lattes, Santos, José Antonio Saja Neves dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40836
Resumo: Essa dissertação tem como objeto o significado do riso e da comicidade propostos pelo filósofo francês Henri-Louis Bergson (1859 - 1941) em sua obra O riso: ensaio sobre a significação da comicidade (1899). Nossa investigação visa especificamente às noções de riso, comicidade e arte cômica no pensamento do filósofo. O riso, para Bergson, possui uma função social. Essa função diz respeito a uma tentativa de correção da insociabilidade, da rigidez e do automatismo que se apresentam no homem, características tais que, aos olhos da sociedade, poderiam ameaçar a convivência pacífica entre os indivíduos e, portanto, a ordem social. Sendo assim, estas características passam a ser tratadas como risíveis. No caso do automatismo, por exemplo, que se refere à repetição dos movimentos corporais, numa situação cômica o homem será representado como uma marionete. Desse modo, a comicidade servirá de ferramenta punitiva ao comportamento humano em sociedade quando os indivíduos, imersos no automatismo e na rigidez das ações cotidianas, são submetidos à correção de suas atitudes pelo riso de um grupo social. Com essa abordagem, a arte cômica para o filósofo corresponderia a um instrumento que denuncia as atitudes humanas em sociedade, utilizando procedimentos mecânicos de fabricação do cômico para suscitar o riso. Nesse sentido, a arte cômica se diferencia de outras formas de arte pelo nexo que estabelece com a própria vida.