Notas zaratustrianas no riso de Bergson
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12201 |
Resumo: | Neste trabalho, o riso é apresentado como objeto de estudo que coloca em foco sua função para além das aplicações voltadas para o divertimento. Inicia-se esta investigação a partir dos estudos sobre a comicidade do riso empreendidos por Henri Bergson, em Le rire (O riso), e do riso de escárnio tão presente nas obras de Friedrich Nietzsche. Apresenta-se o fato de que Bergson empreendeu o estudo da comicidade do riso, tratando, portanto, do riso cômico. Dentro do campo da comicidade, Bergson nos apresentou a função corretiva do riso. Este se torna instrumento de coerção pelo qual a sociedade constrange o indivíduo infrator dos hábitos e dos costumes a corrigir seus comportamentos, ajustando-os aos valores sociais adotados pelo grupo social a que pertence. Por outro lado, Nietzsche não faz do riso um objeto de estudo, mas o aplica em seus textos, como forma de realçar as situações nas quais o menosprezo, o escárnio e a zombaria fazem parte da relação entre os homens. Trata-se, aqui, do rio de escárnio com forte apelo ético-moral. Tendo em conta a constatação de que, em ambos casos, encontramos a função corretiva do riso, propomo-nos a investigar até que ponto pode-se afirmar que a comicidade do riso pode ser atribuída às questões morais que nos são explicitadas por Nietzsche em suas críticas dos valores. Para isso nos valemos de duas obras principais: Le rire (O riso) de Bergson e Assim falou Zaratustra de Nietzsche. Esta última foi selecionada pela riqueza de exemplos de risos corretivos que nos apresenta em relação às demais obras do mesmo autor. Assim, procuramos demonstrar que o riso de escárnio zaratustriano faz eco no riso corretivo de Bergson. |