INFÂNCIAS, VIOLÊNCIAS E SEXUALIDADE: UMA AVENTURA AUTOBIOGRÁFICA COM PEDRO ALMODÓVAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fontes, Ramon Victor Belmonte Fontes
Orientador(a): Colling, Leandro
Banca de defesa: Santos, Maurício Matos dos, Campinho, Ana Karina Figueira Canguçu
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: IHAC - Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27207
Resumo: Pensar como os mecanismos de violência e, mais especificamente, o abuso sexual, participam da construção subjetiva das crianças é um dos objetivos desta dissertação. Para fazer isso, discuto como a experiência de abuso sexual na infância participou da construção das minhas próprias subjetividades. As reflexões, aqui propostas, não buscam uma história totalizante, nem um tipo de generalização sobre as experiências dos abusos sexuais na infância. Ao invés disso, elas seguem por caminhos pessoais (inseridos, também, em processos sociais) e pretendem apresentar um olhar localizado no tempo e espaço que sirvam para trazer à tona mais fragmentos discursivos e reflexivos a respeito de tal violência. Para isso, será dada ênfase nas minhas narrativas, entendidas aqui como autobiográficas, e nos filmes Fale com ela (2002), Má Educação (2003) e Volver (2005), do cineasta Pedro Almodóvar, como instrumentos que discutem, mobilizam e ressignificam os caminhos subjetivos possibilitados a cada um de nós. A proposta metodológica desta pesquisa segue por caminhos que não coadunam com uma escrita burocrática. Escrever, no âmbito deste trabalho, significa minar os discursos pré-moldados sobre as experiências memorialísticas, bem como apresentar novos olhares e subjetividades que não reproduzam um entendimento reducionista e inexorável das complexas situações de abuso sexual na infância. Em resumo, é uma escrita de pretensões políticas que coloca em devir a violência experimentada na idade infantil e tem o intuito de não reduzir os indivíduos violentados aos estereótipos de futuro algoz e/ou mártir eterno.