As bases afetiva e instrumental do comprometimento organizacional: confrontando suas diferenças entre empresas e trabalhadores da agricultura irrigada do Pólo Juazeiro/Petrolina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Costa, Vânia Medianeira Flores
Orientador(a): Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt
Banca de defesa: Medeiros, Carlos Alberto Freire, Souza, Elizabeth Regina Loiola da Cruz, Wittmann, Milton Luiz, Lordêlo, José Albertino Carvalho
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração - NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24584
Resumo: A presente tese tem como objetivo principal analisar, no segmento produtivo da agricultura irrigada, como os trabalhadores articulam os vínculos afetivo e instrumental com a sua empresa empregadora, buscando evidências sobre a pertinência de integrar ambos os vínculos em um modelo bidimensional de comprometimento organizacional. Para atingir tal objetivo geral, inicialmente, buscou-se verificar a validade discriminante entre as medidas de comprometimento organizacional de base afetiva e instrumental, analisando como se diferenciam as medidas propostas pelo modelo unidimensional de Mowday e cols. (1982) e multidimensional de Meyer e Allen (1991). Em seguida, uma construção teórica e uma validação empírica dos modelos de antecedentes de comprometimento organizacional de base afetiva e de base instrumental foi realizada, comparando-os quanto aos preditores comuns e específicos que justificam tratar as duas bases como dimensões de um mesmo construto ou como dois construtos distintos. Numa terceira etapa buscou-se caracterizar a intensidade do comprometimento organizacional afetivo e instrumental de trabalhadores do segmento agroindustrial analisado, diferenciando-a nos vários segmentos em que se diferenciam as empresas, os gestores e os trabalhadores. Como última etapa do estudo exploraram-se como os vínculos afetivo e instrumental do trabalhador se articulam com características organizacionais, identificando possíveis associações entre fenômenos que se estruturam em dois níveis de análise. A presente pesquisa é de natureza extensiva de corte transversal, apresentando um caráter de natureza multinível. A amostra do estudo envolveu 32 organizações, com 814 trabalhadores de todos os níveis das empresas. Foram aplicados três tipos de questionários: o do gestor, o do trabalhador e o da empresa. Para análise dos dados utilizaram-se procedimentos estatísticos de análises descritivas simples (freqüência, médias e desvios-padrão), análises para testar a associação entre variáveis categóricas (teste de qui-quadrado), análise Fatorial, análise de correlação e análise de regressão. Os resultados apontaram que: a validade discriminante evidenciou que as medidas de comprometimento organizacional de base afetiva e instrumental constituem dimensões diferentes; que existem diferenças significativas no conjunto de variáveis antecedentes que integram o vínculo afetivo e instrumental entre trabalhadores e sua empresa empregadora; que apesar dos trabalhadores da agricultura irrigada apresentarem maior nível de comprometimento afetivo do que instrumental, o conjunto de variáveis antecedentes tem maior capacidade de explicar a variabilidade nos escores de comprometimento instrumental. Concluiu-se então, que o conjunto de análises sobre os vínculos afetivo e instrumental, entre os trabalhadores da agricultura irrigada do pólo de Juazeiro e Petrolina, fortalece a suposição de que estes são dois construtos distintos. Os resultados obtidos sugerem também que estes vínculos não podem ser tratados como dimensões de um mesmo fenômeno denominado comprometimento.