Síntese e estabilização de nanopartículas de ouro com aminoácidos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrade, Gabriela Nascimento lattes
Orientador(a): Melo, Silvio Alexandre Beisl Vieira de lattes, Melo, Ariana Farias lattes
Banca de defesa: Albuquerque, Elaine Christine de Magalhães Cabral lattes, Santos, Marcos Malta dos lattes, Formiga, Fábio Rocha lattes, Melo, Silvio Alexandre Beisl Vieira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Industrial (PEI) 
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40771
Resumo: Nanopartículas de ouro (AuNPs) são promissoras para aplicações em materiais eletrônicos e biossensores. Porém, os métodos de síntese das AuNPs envolvem substâncias químicas tóxicas, com riscos ambientais e biológicos. Alternativamente, no presente trabalho, investigou-se a síntese verde de AuNPs utilizando-se aminoácidos tanto como agentes redutores dos íons de ouro, quanto como agentes estabilizadores das superfícies metálicas. Estudou-se o efeito da concentração dos reagentes (razão molar do aminoácido para o precursor dos íons de ouro) e do pH do meio na síntese de nanopartículas. Os aminoácidos utilizados nesse estudo foram ácido aspártico, arginina, cisteína, histidina, tirosina e triptofano. As amostras foram caracterizadas por espectroscopia de absorção UV-visível, potencial zeta, espalhamento dinâmico de luz (DLS) e microscopia eletrônica de transmissão (MET). A partir das análises das espectroscopias UV-Vis, os aminoácidos que apresentaram espectros de absorção promissores em termos de intensidade foram ácido aspártico, cisteína e tirosina, nas razões molares ([aminoácido]/[HAuCl4]) 10, 0,25 e 0,5, respectivamente. Nas amostras contendo os aminoácidos arginina e histidina observou-se uma menor capacidade de redução dos íons de ouro, o que pode estar relacionado com o fato de serem carregados positivamente, entre outros fatores. O triptofano também não apresentou bons resultados em termos de formação de AuNPs, o que pode estar associado ao seu caráter apolar e hidrofóbico. Através da obtenção de imagens por MET e medidas de DLS foi possível confirmar a formação de AuNPs aproximadamente esféricas, com diâmetros médios na faixa entre 10 e 50 nm. A partir das análises de potencial zeta, observou-se maior estabilidade coloidal nas amostras contendo ácido aspártico, cisteína e tirosina, com valores acima de |30 mV|, enquanto que nas amostras contendo histidina e triptofano, os valores foram abaixo de |30 mV|, indicando menor estabilidade. Na tentativa de promover uma melhoria na formação das nanopartículas, realizou-se um ajuste de pH nas sínteses com arginina, histidina e triptofano. No entanto, tais ajustes não levaram a melhorias significativas em termos de absorção óptica, embora picos mais intensos tenham sido observados nas sínteses com triptofano. Os resultados desse estudo revelaram que é possível obter AuNPs, sob certas condições experimentais, com base nos princípios da química verde, utilizando aminoácidos como estabilizadores e redutores dos íons de ouro.