Musicenafro na escola: sistematização de uma proposta pedagógica negrorreferenciada em teatro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, João Victor Soares dos
Orientador(a): Lima, Evani Tavares
Banca de defesa: Santana, Tássio Ferreira, Mendonça, Célida Salume
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34496
Resumo: O estudo se localiza no contexto da pesquisa em Artes, mais precisamente, no campo da Pedagogia Teatral, com foco na reflexão e elaboração de conteúdos para o ensino de Teatro, na educação básica, ligados às culturas negras e às relações raciais. O objeto deste trabalho é a “MUSICENAFRO na escola: sistematização de uma proposta pedagógica negrorreferenciada em Teatro”, para o contexto formal de educação, voltada às crianças do ensino fundamental dos anos iniciais. Proposta esta de implementação futura, durante um ano letivo em uma escola pública de Salvador, Bahia, no retorno das aulas presenciais. O exercício desenvolvido pela pesquisa é de pensar um plano pedagógico negrorreferenciado de modo ampliado, desde a fundação teórica das opções teórico-metodológicas, passando pelo detalhamento das ações e contemplando também a criação de jogos. Nesse processo, delimitou-se uma concepção de pedagogia negrorreferenciada em Teatro, exemplificando algumas práticas pedagógicas identificadas com esse caráter, para então apresentar as diretrizes teórico-metodológicas que fundamentam o plano proposto. Uma das questões que conduz o trabalho é: de que formas as relações raciais, a identidade negra e as culturas negras podem ser trabalhadas no ensino fundamental – anos iniciais, na escola? Caracteriza a estratégia metodológica deste plano a utilização da música (letras, sonoridades, ritmos etc.) como disparador para o trabalho com a cena e a tematização da identidade negra. Neste caso, o universo musical visitado é o pagode (utilizando-se do repertório do intérprete Léo Santana) e o samba-reggae (partindo do Ilê Aiyê). As problematizações apresentadas foram ancoradas, principalmente, nos autores: Viola Spolin (2001), Augusto Boal (2006), Kabengele Munanga (2020), Fausto Antonio (2015) e Rosana Souza (2016). Acredita-se que essa articulação música-teatro-identidade potencializa e facilita o trabalho com os temas como ancestralidade, autoestima, respeito às diferenças e identidade negra, no ensino fundamental.