Palinofácies e geoquímica orgânica do meso-devoniano: uma correlação entre as bacias do Paraná e Parnaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Lauro Tiago Souza
Orientador(a): Garcia, Karina Santos
Banca de defesa: Garcia, Karina Santos, Queiroz, Antônio Fernando de Souza, Almeida, Carolina Poggio de, Silva, Maristela Bagatin
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28944
Resumo: O objetivo deste estudo foi caracterizar através de análises de geoquímica orgânica e de estudo palinológico a matéria orgânica presente em 30 amostras de duas seções de afloramentos da Formação Ponta Grossa, Bacia do Paraná e correlacioná-la com dados extraídos da literatura dos folhelhos de afloramento da Formação Pimenteiras, Bacia do Parnaíba. Foram coletadas amostras de forma sistemática, espaçadas de metro a metro, em perfis, recolhidas de duas seções em afloramentos da Formação Ponta Grossa situados no ramal ferroviário Ponta Grossa – Paranaguá, da borda leste da Bacia do Paraná e na rodovia PR 340, nas proximidades do município de Tibagi, PR. As análises petrográficas foram realizadas em Microscópio ZEISS AXIO Imager.A1m. Para a classificação dos constituintes orgânicos, foram montadas lâminas que foram analisadas sob luz branca transmitida e sob o modo fluorescência. O Carbono Orgânico Total (COT) foi determinado com o auxílio de um Analisador Elementar LECO. Os picos S1, S2, Índice de Hidrogênio (IH), índice de oxigênio (IO) e Tmax foram determinados em equipamento Pirolisador Rock-Eval. Para as amostras da Formação Ponta Grossa o COT variou de 0,19 a 1,82%. O comportamento geoquímico no aumento dos valores de COT em direção ao topo das seções mostrou uma tendência que sujere as primeiras evidências de subida do nível relativo do mar. O querogênio das amostras foi classificado como sendo II / III, III e IV. As amostras apresentam, em grande parte, valores de Tmax entre 440ºC a 443ºC e permitem classificar o querogênio na faixa de início de janela de geração de hidrocarbonetos. Alguns valores de Tmax mais elevados mostram que pontos da seção provavelmente podem estar associados a efeito de intrusivas, apesar de estarem associados a baixos valores de S2 e podem não ser confiáveis. Para a Formação Pimenteiras os dados utilizados mostraram teores maiores de COT e melhor qualidade do querogênio, e as amostras estão em estágio de imaturidade para a geração de hidrocarbonetos. Os valores de Índice de Coloração de Esporos (ICE) para a Formação Ponta Grossa ficaram entre 4,0 a 4,5 para seção Fazenda Rivadávia e para o início da seção Tibagi-Telêmaco Borba e valores de 8,0 a 8,5 para o topo da seção Tibagi-Telêmaco Borba. Na base das seções da Formação Ponta Grossa, a concentração de constituintes orgânicos de origem terrestre mostrou-se maior que a concentração desses constituintes no topo. Com isso, a concentração de constituintes orgânicos de origem marinha cresce em direção ao topo dessas seções. Isso sugere que, conforme afloramentos estudados, o início de possíveis eventos de ingressão marinhada da Formação Ponta Grossa, são semelhantes aos processos de subida de nível de base da Formação Pimenteiras (Bacia do Parnaíba).