Tafonomia de paleoinvertebrados e seus padrões bioestratinômicos como ferramentas em análises paleoambientais do Devoniano da Bacia do Parnaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sousa, Felipe Nascimento [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257012
Resumo: A Tafonomia com ênfase na fase bioestratinômica foi a metodologia aplicada nesta tese para interpretar os paleoambientes ao longo do Devoniano da Bacia do Parnaíba. Os afloramentos da margem Oeste da Bacia do Parnaíba em sua sucessão Devoniana (formações Jaicós, Itaim, Pimenteira e Cabeças) foram prospectados com foco em seu conteúdo fossilífero, padrões tafonômicos de preservação e composição de fácies sedimentares com a hipótese de que análises tafonômicas possibilitam diferenciar os processos geradores das associações fossilíferas dos dois flancos da bacia. A Tafonomia Comparada foi a abordagem inicial proposta para conulariídeos encontrados em lentes de arenito médio em um contexto de lutitos bioturbados. Duas classes tafonômicas de preservação, que diferem principalmente em relação ao posicionamento do plano corporal em relação ao plano de acamamento, foram propostas para esses organismos e estão relacionadas à energia do ambiente. As assinaturas tafonômicas dos esqueletos de conulariídeos sugerem uma concentração fóssil parautóctone a alóctone. Coletas sistematizadas nos tempestitos da Formação Pimenteira possibilitaram a classificação de tafofácies ao longo de três seções colunares. As tafofácies diferem com relação às taxas de sedimentação, nível de oxigenação do substrato e turbulência. Sete seções de superfície foram analisadas perante o padrão tafonômico e fácies sedimentares. Seis padrões tafonômicos (articulado, desarticulado, em borboleta, completo, fragmentado e dobrado) foram observados nos fósseis ao longo das seções. Fósseis desarticulados e fragmentados são predominantes, o que condiz com os depósitos de tempestades conhecidos para a Formação Pimenteira. A Tafonomia em conjunto com a análise de fácies demonstrou-se de grande potencial para estudos paleoambientais e paleontológicos em razão de sua aplicabilidade nos depósitos siliciclásticos do Devoniano, Formação Pimenteira, borda oeste da Bacia do Parnaíba.