“Brilhando, autor, / Como se ele mesmo fosse o poema” O imaginário do corpo na poética de Herberto Helder

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: GOMES, DJANINE ALEONORA BELÉM
Orientador(a): Ornellas, Sandro Santos
Banca de defesa: Herrera, Antonia Torreão, Rego, Adriano Eysen Rego
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29655
Resumo: Esta dissertação dedica-se ao estudo d’ O Imaginário do corpo na poética de Herberto Helder, a partir da leitura dos poemas do seu livro Ou o Poema Contínuo (2006), considerando as categorias de análise: a linguagem; o corpo; o erotismo. Uma vez que sua linguagem poética visa fundar um mundo utópico, ao invés de executar a mediação do real, acreditamos, desta maneira, que Herberto Helder aponta possíveis reflexões sobre algumas transformações estéticas e culturais que marcam a contemporaneidade. Ao analisar a subjetividade dos poemas, observa-se que autor e obra entram em processo de resistência, assumindo uma postura crítica da poética moderna. Tais observações estão alicerçadas nos conceitos de Ilegibilidade, Obscuridade e Resistência, propostos nos estudos críticos de Dal Farra (1986), Guedes (1979) e Bosi (1977), respectivamente. Além disso, observa-se a culminância dessa linguagem em um corpo erótico, tal como Georges Bataille analisa (1980). Assim, a poética herbertiana assina uma performance estética entre palavra e corpo em estado de desconstrução e construção contínuo, uma espécie de metamorfose erótica em permanente estado de continuidade com o corpo poético.