Un espejo en medio a un teatro de símbolos: el indio imaginado por el poder y la sociedad brasileña durante la dictadura civil-militar (1964-1985)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Benítez Trinidad, Carlos
Orientador(a): Machado, Gustavo Bittencourt
Banca de defesa: Parés, Luis Nicolau, Cardoso, Lucileide Costa, Sousa, Leliana Santos de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: spa
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22235
Resumo: Esta pesquisa é um estudo documental do construto sócio-cultural “índio” no imaginário e na ideologia da sociedade e do poder brasileiro, durante a ditadura civil-militar que começou em 1964 e teve seu final em 1985. O objetivo é individualizar os componentes epistemológicos e dos grupos de significantes que compõem a rica polissemia do objeto de estudo: o índio imaginário. Se tem tido em conta a diversidade dos atores que compõem o sujeito de estudo, desde os militares, o indigenismo oficial, a legislação, os habitantes da fronteira, a opinião pública, acadêmicos, sertanistas e religiosos. O índio mostra-se nesta pesquisa como um potente gerador de símbolos das mais diversas naturezas, mas sempre com a intencionalidade de supor um espelho invertido e oposto à própria sociedade/poder nacional. A categoria colonial que lhe deu vida, segue presente na sua proposta como um exotismo enfrentado ao projeto civilizador da Modernidade que anseia Brasil como Estado-nação e também como sociedade ocidental. Ao mesmo tempo, se apresenta também como um poderoso teatro de símbolos onde se (des)encontram a ideologia militar e sua oposição. Todo isso dentro do esforço que Brasil experimenta por achar sua própria narrativa e lhe dar uma posição frente aos desafios que gera o mundo contemporâneo, que no caso brasileiro, acha sua conjuntura chave durante a ditadura civil-militar. Esta pesquisa é puramente documental tendo como referencia teórica o pensamento “decolonial”, a historia sócio-cultural, a interdisciplinaridade, a multirreferencialidade e a complexidade. A documentação analisada esta dividida em três categorias: a oficial gerada pelo Estado e seu aparelho burocrático e legislativo; o material criado pelas instituições não necessariamente ligadas ao Estado como a Igreja Católica, movimentos sociais e ONGs; e a produção cultural/intelectual que percorre desde a imprensa da época, material audiovisual, literatura culta e popular assim como o produzido pelos acadêmicos, missionários, políticos, ativistas, lideranças/movimentos indígenas, etc. Os resultados obtidos demonstram a fortíssima relação que mantêm Brasil com sua mais característica e passional alteridade, e como sua situação de ambivalência da fé de como o país tropical tem procurado incessantemente se interpretar a se mesmo a partir de se olhar nesse espelho que era o índio. Tendo como resultado final, o revesti-lo necessariamente do papel de oposição ontológica a partir de sua “bestialização”, naturalização e “folclorização”.