Nível de atividade física em policiais militares: fatores preditores e protocolo de intervenção de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Cleise Cristine Ribeiro Borges lattes
Orientador(a): Pires, Cláudia Geovana da Silva lattes
Banca de defesa: Moraes, Mariana de Almeida lattes, Machado, Carolina de Souza lattes, Fernandes, Andréia Guedes Oliva lattes, Pires, Cláudia Geovana da Silva lattes, Faustino, Tássia Nery lattes, Santos, Carolina Barbosa Souza, Gusmão, Maria Enoy Neves, Sampaio, Elieusa e Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38548
Resumo: Em meio às profissões existentes no mundo, a do policial militar encontra-se no topo das mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças graves como as doenças crônicas não transmissíveis. Isso decorre da elevada exposição a riscos psíquicos e físicos que envolvem a atuação profissional os quais podem dificultar a participação dos policiais militares em atividades sociais e de lazer como a realização de atividade física. Objetivou-se avaliar associação entre o nível de atividade física e fatores associados ao tempo gasto sentado na amostra do estudo; verificar a associação entre variáveis clínicas e sociodemográficas e o nível de atividade física em policiais militares e apresentar um protocolo de intervenção para o estímulo da atividade física em policiais militares. Estudo quantitativo, observacional, transversal, realizado com 432 policiais militares de todas as unidades do Comando de Policiamento Regional - Leste da Polícia Militar da Bahia de Feira de Santana. A coleta de dados ocorreu de agosto a dezembro de 2022 através de formulário do google forms constando o Questionário Internacional de Atividade Física e um questionário sobre dados sociodemográficos e variáveis clínicas. Predominou homens (82,35%), raça/cor negra (87,04%), nível de escolaridade do chefe da família superior completo (47,69%), com companheiro (a) (81,94%). O risco de sedentarismo é menor entre policiais homens (IRR < 1). O aumento da idade associa-se a um risco menor de sedentarismo (IRR < 1) e aumento da chance de ser mais ativo. Policiais homens apresentam chances superiores de serem mais ativos nos domínios trabalho, transporte e lazer. Policiais mulheres apresentam chances superiores de serem mais ativas no domínio casa. Policiais que não possuem a doença arterial coronariana, bem como os que não possuem hipertensão arterial, possuem maiores chances de serem mais ativos. Construção de um protocolo de intervenção adotando-se a Teoria do Comportamento Planejado e a oferta de informações sobre a atividade física por meio de telemensagens móveis, a ser desenvolvido durante dois meses, em três etapas: diagnóstico situacional; planejamento da ação e monitoramento dos participantes. Policiais homens são mais ativos nos domínios trabalho, transporte e lazer e estão menos expostos ao risco de comportamento sedentário no tempo gasto sentado. Conforme a idade do policial aumenta maior a chance de serem ativos e menor o risco de sedentarismo no tempo gasto sentado. Policiais com doença arterial coronariana e hipertensão arterial possuem menos chances de serem ativos. Contudo, policiais com prática de atividade física irregular estarão mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis aliadas a outros fatores de risco. O protocolo de intervenção de enfermagem constitui uma alternativa factível capaz de levantar dados quanto ao nível de atividade física em policiais militares, bem como contribuir na sensibilização para manutenção desse comportamento com vistas a saúde e a qualidade de vida. Acompanhamento do estado de saúde dos policiais militares torna-se relevante para que possam ser pensadas e aplicadas ações de promoção de saúde e prevenção de agravos.