Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Andreza Bispo dos Anjos
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Orientador(a): |
Vieira, Fábio Pessoa |
Banca de defesa: |
Machado, Adilbênia Freire,
Santos, Frederik Moreira,
Matos, Ecivaldo de Souza,
Vieira, Fábio Pessoa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC)
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40859
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Resumo: |
A marginalização dos conhecimentos africanos e afro-brasileiros nos sistemas educacionais têm sido uma realidade persistente, contribuindo para a perpetuação do racismo. Esta dissertação busca abordar essa lacuna ao explorar as epistemologias negro-femininas e seu potencial para enriquecer o ensino de ciências. O estudo concentra-se nas experiências e no pertencimento da autora. O objetivo principal deste estudo é analisar como as epistemologias negro-femininas podem informar e enriquecer o ensino de ciências, especialmente em relação à perspectiva antirracista e antissexista. Ao reconhecer e valorizar os conhecimentos africanos e afro-brasileiros, espera-se promover uma sociedade mais equânime, superando as barreiras impostas pelo racismo. A pesquisa baseia-se numa abordagem qualitativa teórico-metodológico, utilizando a teoria da afrocentricidade e a metodologia dos Odus como fundamentos teóricos. A produção de dados envolve a oralitura, bibliografia, a própria vivência, e análise textual afrocentrada. Essas metodologias permitem uma compreensão aprofundada das epistemologias negro-femininas e sua aplicação no ensino de ciências. Os resultados da pesquisa, destacados pela escrevivência, trazem memórias afetivas e uma base cultural afro-brasileira como resistência e preservação cosmogônica de mulheres negras. As epistemologias negro-femininas são fundamentadas em valores ancestrais e epistêmicos, oferecendo uma pedagogia própria que pode informar práticas pedagógicas inclusivas e representativas. Esta dissertação conclui que as epistemologias negro-femininas têm o potencial de enriquecer significativamente o ensino de ciências, oferecendo uma perspectiva crítica e contextualizada. Ao reconhecer e valorizar esses conhecimentos, podemos avançar em direção a uma educação mais inclusiva e representativa, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa. As implicações práticas deste estudo incluem recomendações para a incorporação das epistemologias negro-femininas no currículo escolar e na formação de professores. Além disso, destaca a importância de reconhecer e valorizar os saberes das comunidades afrodescendentes e africanas como uma forma de promover uma educação verdadeiramente transformadora. |