CARTOGRAFIAS CULTURAIS BAIANAS: Identidade, memória e gênero nos romances de Herberto Sales

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Figueiredo, Joabson Lima
Orientador(a): Santos, Alvanita Almeida
Banca de defesa: Fonseca, Aleilton Santana da, Santos, José Henrique de Freitas, Silva, Renata Flávia da Silva, Santos, Mônica de Menezes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28641
Resumo: Este estudo é o resultado de uma pesquisa que possui em seu esteio os romances de Herberto Sales. O ponto de convergência considerado é a cartografia cultural baiana. A pesquisa foi realizada com o propósito de analisar as representações culturais em três romances do escritor baiano: Os Pareceres do tempo (1984), Cascalho (1944) e A prostituta (1996). Esperamos apresentar uma cartografia de representações da cultura baiana nos três romances, a evidenciar discursos identitários nas obras, na interface dos aspectos discursivos com as temáticas histórica e de gênero. O estudo identificou uma consonância do plano literário com o social, sem, é claro, considerar a literatura meramente como reflexo da sociedade e da situação histórica. O ponto de contato se daria no aspecto em que o discurso acerca das representações da cartografia cultural baiana nos romances herbertianos, como narrativa que é dentro do gênero romanesco, assume importância capital, fazendo do cronista um sujeito histórico, um narrador da história, segundo Walter Benjamin. Identifica-se com a cidade e nela se abriga, construindo, com sua obra, um mapa literário-geográfico da Bahia – uma cartografia literária, metáfora e tecido da sua existência. Na construção da tese, utiliza-se como referencial teórico-metodológico, a Literatura em diálogo com a História, a partir desses e de outros teóricos, os da linha investigativa proposta, essencialmente, chega-se à conclusão de uma forte relação com a Bahia do autor, numa relação concreta de amor ao lugar, liga-se a Cidade da Bahia e às Lavras Diamantinas. Na esteira de textos teóricos de MOURA (2011), VILMA (2008), ARAUJO (2008), CHARTIER (1991), BENJAMIN (1980; 2014), RISÉRIO (1993;1995;2004), et alli. Dessa forma, tal como sua obra, Herberto Sales opera na construção de seu lugar no mundo e, ao mesmo tempo, contribui para a identidade cultural, social, histórica e política da Bahia.