A interdiscursividade do campo científico no discurso literário, em Germinal, de Émile Zola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Garcia, Frédéric Robert
Orientador(a): Jacques, Salah
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29775
Resumo: Este trabalho, com base na teoria da Análise de Discurso, de linha francesa, objetiva ana-lisar aspectos do funcionamento discursivo de Germinal, romance de Émile Zola. Os aspectos enfocados se relacionam com a interdiscursividade do campo científico no dis-curso literário de Germinal. As influências abordadas do campo científico vêm, sobretu-do, do discurso da Economia Política, especialmente das teorias socialistas, e do discurso da Biologia, especialmente no que se refere a uma visão fisiológica do homem e a um determinismo da hereditariedade. Ao lado disso, são mostrados também alguns aspectos do funcionamento literário no romance. O trabalho mostra que Germinal é um espaço de trocas interdiscursivas entre os campos literário e científico. Do primeiro, são ressaltados a subjetividade, a ambigüidade e os sentimentos em que se envolvem os personagens na trama do romance. Do segundo, são ressaltadas a objetividade, a precisão, uma visão instintiva do homem, determinado rigidamente pela sua hereditariedade. A especificidade do discurso de Germinal consiste exatamente na forma única com que essa interdiscursi-vidade se realiza.