Subjetividade e modernidade em Michel Foucault: implicações para a educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Lilian Lobato dos
Orientador(a): Santana, Kleverton Bacelar
Banca de defesa: Arapiraca, André Luis Mota, Almeida, Vanessa Sievers de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdde de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13947
Resumo: Este trabalho objetivou identificar na educação que nasce com a modernidade os mecanismos produtores da subjetividade e que encontram-se apresentados na obra de Michel Foucault. Foram considerados os conceitos de arqueologia, genealogia e ética para verificar a constituição do sujeito na relação com a verdade, com o poder e com a ética, pesquisando, respectivamente, a formação dos saberes orientadores da pedagogia através das ciências humanas; as técnicas disciplinares através das instituições sociais, com destaque para a escola; e os modos de subjetivação em relação aos quais o sujeito escolar moderno passa a constituir a sua subjetividade e as experiências sobre si mesmo. Para sua efetivação, apesar das pesquisas brasileiras sobre as contribuições da filosofia de Foucault para o âmbito da educação ainda existirem em pequeno número, buscou-se acompanhar as indicações fornecidas pelo próprio filósofo e pelos seus comentadores acerca da constituição do sujeito moderno e os mecanismos de poder-saber responsáveis por tal feito. Evidenciou-se o processo de formação dos saberes que pretendem dizer a verdade sobre os sujeitos e que na esfera da educação conduzem as teorias e práticas pedagógicas. Tratou-se também das tecnologias disciplinares nas escolas, dos controles dos comportamentos, da produção da individualidade dos sujeitos escolares. Apresentou-se ainda os modos de subjetivação vivenciados pelos povos greco-romanos, a profunda influência destes para a cultura ocidental moderna, resultando em modos de relação a si intermediados pelos dispositivos de poder e de saber, transformando a ética e a moral em instrumentos para a produção de seres sujeitados às “verdades”, aos dispositivos pedagógicos.