Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Campos, Lucas Ribeiro
 |
Orientador(a): |
Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de
 |
Banca de defesa: |
Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de
,
Domingues, Petrônio José
,
Reginaldo, Lucilene
,
Leite, Douglas Guimarães
,
Reis, João José
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
|
Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41389
|
Resumo: |
Desde o período colonial, tanto escravizados quanto livres ou libertos, brasileiros e africanos, estiveram envolvidos na criação de associações de caráter religioso, civil, militar e político. Essas organizações foram essenciais na luta da população negra por direitos civis e políticos no Brasil, sendo um fenômeno amplamente estudado na historiografia brasileira sob o termo associativismo negro. Dentre as diversas iniciativas associativas negras em Salvador, destaca se a Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), que é o foco desta pesquisa de doutorado. Fundada em 1851, após uma dissidência na Irmandade de Nossa Senhora da Soledade Amparo dos Desvalidos, a SPD é considerada a primeira associação civil negra do Brasil. Esta tese propõe que a experiência dessa organização revela a existência de uma cultura política do associativismo civil negro na Bahia do século XIX, marcada pela defesa de uma cidadania fundamentada na discriminação positiva da cor. Para alcançar seus objetivos, a SPD utilizou estratégias de negociação e alianças entre trabalhadores negros e as autoridades baianas, bem como a construção de uma imagem positiva da instituição. A pesquisa se apoia principalmente nas fontes do Arquivo da Sociedade Protetora dos Desvalidos (ASPD), incluindo atas, estatutos, relatórios, demonstrativos financeiros, pedidos de inscrição e solicitações de socorro, pensão e aposentadoria. A análise dessas fontes evidencia como, por meio dessa cultura associativa negra, um grupo de homens de cor conseguiu articular suas demandas e atuar nas estruturas da ordem imperial, reafirmando sua agência em um contexto escravista. |