Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Elizangela Maria dos |
Orientador(a): |
Azevedo, Luciene Almeida de |
Banca de defesa: |
Dalcastagné, Regina,
Seidel, Roberto Henrique,
França, Denise Carrascosa,
Queiroz, Milena Brito de |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26664
|
Resumo: |
Considerando-se o pressuposto de que a percepção do sujeito sobre o mundo e sobre si mesmo é alterada a partir de sua relação com as novas tecnologias, a tese estuda o que considera possíveis redefinições literárias no presente, a partir do diálogo entre a literatura contemporânea brasileira produzida no presente e a internet. Como ponto de partida da investigação, consideramos a premissa principal adotada por Flora Sussekind no livro Cinematógrafo de letras: literatura, técnica e política no Brasil (1987), que se baseia no modo como o surgimento de artefatos técnicos surgidos nos últimos anos do século XIX e nas duas primeiras décadas do século XX, como a fotografia, o fonógrafo e o cinematógrafo, afetou as produções literárias do período, passando a enformar a escrita de alguns autores. Assim, o texto apresenta como objetivo a identificação de uma possível reconfiguração em relação a pelo menos algumas produções da literatura produzida no século XXI, entendendo que procedimentos próprios à era digital impactaram também a literatura no presente, afetando autores e leitores. Acredita-se ainda que essa relação interfere de modo distinto nas produções literárias aqui tratadas, indo desde a recusa e/ou “imitação subversiva” dos procedimentos da rede à mera menção dos recursos da tecnologia digital, o que não chega a alterar significativamente a forma narrativa. O corpus da pesquisa seleciona obras dos seguintes autores contemporâneos brasileiros: Bernardo Carvalho, Daniel Galera, Luiz Ruffato, Laura Erber e Verônica Stigger. A opção por esse recorte é justificada pela possibilidade que encontramos nas produções analisadas de identificar a presença de alguns operadores que julgamos muito próximos do modus operandi do funcionamento da rede. Assim, consideramos que é possível perceber no corpus mencionado uma mudança no modo de percepção do sujeito contemporâneo (Crary, 2012) que, por sua vez, altera a maneira como se elaboram as obras e se reconfiguram as práticas de produção artística (Bourriaud, 2009), resultando no que o crítico argentino Reinaldo Laddaga (2012) chama de “ecologias culturais”. Assim, o presente trabalho entende que as noções de coralidade (Sussekind, 2014) e inespecificidade (Garramuño, 2014) podem ser operadores eficazes na leitura do corpus aqui em destaque. |