Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Brito, Nayara Macedo Barbosa de |
Orientador(a): |
Bezerra, Antonia Pereira |
Banca de defesa: |
Alcântara, Paulo Henrique Correia,
Maciel, Diógenes André Vieira,
Sanches, João Alberto Lima,
Thürler, Djalma |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30993
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Resumo: |
A personagem teatral, tal como construída pela tradição dramática aristotélico-hegeliana, já há muito deixou de ser a única configuração de ser ficcional encontrada sobre os palcos. Seu ideal de unidade, sempre buscado e igualmente frustrado ao longo da história do Teatro ocidental, como Levy-Candeias (2012) mostra, é efetivamente condenado pelas dramaturgas e dramaturgos modernos, que, por consequência, deram cabo da personagem tanto no plano ficcional quanto no plano estrutural-dramatúrgico. Embora ela ainda possa se manifestar contemporaneamente, as intervenções realizadas sobre sua configuração tradicional se desdobraram ao longo do século XX e, sob as Forças de isolamento, deformação e dissipação, chegaram a se apresentar, em peças de autoras como Gertrude Stein, Peter Handke, Valère Novarina, Marcio Abreu e Grace Passô que tomamos como objeto de análise, como Figuras, nos termos de Lyotard (1979) e Deleuze (1981). Diante da ausência das bases de apoio que, naquela tradição, asseguravam uma rede semântica com a qual atrizes (leia-se, atrizes e atores) e espectadoras (leia-se também espectadores) poderiam se orientar – a saber, a personagem enquanto uma totalidade acabada, nos termos de Hegel (2004), e a ação dramática organizada enquanto narrativa linear –, que outras bases de atuação cênica são demandadas por essas Figuras? Que desafios elas trouxeram/trazem para o trabalho das atrizes? É a essa investigação, bem como à análise da passagem da personagem aristotélico-hegeliana para a Figura, que se dedica esta tese. Na experimentação prática que também compreendeu nossa pesquisa, confrontamos o texto de Parte IV. A questão da identidade. Uma peça, de Stein (2005), com uma série de técnicas advindas de poéticas ou de pensamentos sobre o teatro que dão ao corpo, em sua materialidade física, uma ênfase que não se percebe nas formas de atuação correspondentes à tradição com a qual cotejamos nosso objeto de estudo. A autonomia da atriz em relação ao texto que essas perspectivas de atuação pressupõem, bem como a ideia de “estados” ou de “qualidades de energia” que atravessa tanto os discursos sobre os textos quanto sobre o trabalho atoral, orientam a reflexão que trazemos ao final. |