COVID-19, trabalho e limitação de dados de ocupação: a morbidade entre trabalhadores da saúde na Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Luciane Gabriele Pereira Gomes lattes
Orientador(a): Fernandes, Rita de Cássia Pereira
Banca de defesa: Fernandes, Rita de Cássia Pereira, Freire, Rafaela Cordeiro, Santos, Kionna Oliveira Bernardes, Pereira, Adriana Galdino Batista
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40001
Resumo: Introdução: O Brasil precisou produzir informações céleres durante a pandemia de COVID 19. As altas demandas aos serviços de saúde expuseram sobretudo os trabalhadores da saúde (TS). Para investigar esse grupo ocupacional é necessário a disponibilidade de dados com qualidade, acessibilidade e confiabilidade para produção de indicadores e informação em saúde do trabalhador. Objetivos: Estimar a incidência de casos de COVID-19 em TS e discutir a disponibilidade e qualidade dos dados dos diferentes sistemas de informação em saúde e outras fontes de dados. Método: Trata-se de um estudo de incidência de COVID-19 em TS na Bahia, com dados disponíveis no DATASUS e outras fontes no período de 2020 a 2022. Resultados: Apenas 2,8% (2.252) de 81.497 casos acumulados de Síndrome Respiratória Aguda Grave por COVID-19 tinham o campo ocupação preenchido, e entre os casos de Síndrome Gripal, 5,3% (80.994) dos 1.521.313 tinham este campo preenchido. Desses casos, 59.185 (73,1%) correspondiam aos TS, 61,1% (36.650) do sexo feminino, com a faixa etária predominante de 20-39 anos perfazendo 54,8% dos casos (27.653); 71,4% (36.078) ocorreram entre os TS de raça/cor preta ou parda. Os resultados com denominadores do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização demonstraram maior incidência entre enfermeiras, 325,5/1000, seguidas de auxiliares/técnicas em enfermagem, com 269,9/1000 e recepcionistas com 78,5/1000. Enfermeira foi a ocupação que obteve maior risco relativo com 15,5. Discussão: Os TS são aqueles com maior incidência de COVID-19, mas pouco se conhece sobre as ocupações não vinculadas diretamente ao cuidado. A ausência desses dados compromete a qualidade da informação produzida e consequentemente a construção de indicadores. Conclusão: A informação sobre saúde do trabalhador através de dados secundários apresenta desafios a serem superados, um deles é o estabelecimento de denominadores adequados, que depende do registro da variável ocupação nos Sistemas de Informação da Saúde.