Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lovadini, Vinicius de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-14112023-121327/
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Resumo: |
A Covid-19 é uma doença de notificação compulsória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia desde infecções assintomáticas a sintomas respiratórios graves. Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde identificou que a maioria das pessoas com Covid-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticas, e aproximadamente 20% são propensas a necessitar de suporte hospitalar em decorrência de sintomatologia respiratória. Diante do panorama epidemiológico da doença, muitos desafios têm sido colocados, entre os quais está o de combater a disseminação da doença entre populações e grupos com maior vulnerabilidade, como profissionais que atuam em serviços de saúde. Nesse sentido, este estudo objetivou descrever a epidemiologia dos riscos de exposição à Covid-19 entre os trabalhadores da Atenção Primária à Saúde do município de Araçatuba, interior de São Paulo. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, que teve como amostra 424 trabalhadores da saúde, e cuja coleta de dados foi realizada de dezembro de 2021 a junho de 2022, de maneira online e presencial por meio de um formulário da Organização Panamericana de Saúde adaptado para a pesquisa. Das unidades básicas com maior adesão dos profissionais à pesquisa 14,1% pertenciam à Umuarama. Em relação às características dos participantes, os auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros representaram a maior parte da amostra (36,5%); 74,2% identificaram-se com o gênero feminino, 86,1% fizeram o teste de Covid-19 por apresentar sintomas gripais e 89,4% por ter tido contato próximo com um paciente positivo ou suspeito. Cerca de 40% prestavam assistência exclusiva a pacientes com a doença, enquanto 66,8% tinham contato direto com os infectados nas áreas em que eram atendidos; 96,5% indicaram ter realizado treinamento de uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e 59,2% o fizeram de maneira teórico-prática; apenas 69,9% tinham conhecimento dos cinco momentos recomendados para a higienização das mãos, só os aplicando quando possível; 96,5% tinham acesso a produtos à base de álcool para higienização das mãos e 63,3% referiram disponibilidade de EPIs, embora 36,4% indicassem não contar com todos os EPIs necessários, incluindo produtos à base de álcool (3,5%). Já, 94,8% tiveram contato próximo com os doentes com coronavírus durante o trabalho e 47,8% alegaram que a duração média de exposição foi de cinco a 15 minutos, sendo que a utilização de EPIs durante esses momentos foi relatada por 96,2%, com destaque para o uso de luvas descartáveis (78%). Cerca de 29,3% relataram ter sofrido acidentes com exposição a líquidos biológicos e/ou secreções do trato respiratório dos pacientes contaminados; além disso, 12,5% mencionaram que os acidentes ocorreram por meio de respingos de fluidos em suas membranas mucosas dos olhos. Conclui-se que foi possível atingir os objetivos do estudo na medida em que se verificaram algumas deficiências e consequentes riscos de exposição desnecessária ao SARS-CoV-2. Dessa maneira, há que se priorizar novos treinamentos dos profissionais para prevenção e controle de infecções de maneira em geral e, de modo especial, no caso de novas emergências de saúde pública. |